É o maior programa de qualificação profissional do Norte do Brasil, com meta de colocar mais de 20 mil mulheres no mercado de trabalho.
“Eu venci e acredito que vocês vão vencer do mesmo jeito que eu venci”. As palavras de estímulo partiram de Stephani Pereira, possivelmente a única mulher de Parauapebas a trabalhar como pedreira e que foi convidada especial para o lançamento do Programa Cidade Igualdade na tarde de terça-feira, 15.
A cerimônia foi protagonizada pelas mulheres. À frente, no palco, 15 mulheres, entre secretárias municipais, adjuntas, vereadoras e a prefeita de Abaetetuba, Francineti Carvalho, destacaram a importância do programa para a independência feminina principalmente para as mulheres em situação de vulnerabilidade social, escolhidas como prioridades pelo Cidade Igualdade, conforme ressaltado pela coordenadora do programa, Juliana Araújo.
Do outro lado, na primeira fila, ouvindo tudo com atenção, o prefeito Darci Lermen; o vice-prefeito João do Verdurão; o secretário especial de Governo, Keniston Braga e demais gestores municipais; o líder do Governo na Câmara Municipal, Zacarias Assunção, e outros vereadores; e o presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Parauapebas, Leonardo Pinheiro.
“Hoje a gente aperta o play do maior projeto de qualificação para as mulheres do Norte do Brasil. São mais de 20 mil mulheres que serão formadas, serão qualificadas nas diferentes áreas de atuação”, assinalou Keniston Braga, que está à frente da secretaria responsável por conduzir o programa ao lado de outras secretarias, como da Mulher (Semmu), Desenvolvimento (Seden) e Assistência Social (Semas).
Darci Lermen disse não ter dúvidas de que o programa inaugura um novo momento para as mulheres e para o município, que tende a se desenvolver mais rapidamente com a qualificação profissional delas.
“É um momento decisivo pra nossa cidade. Nós não estamos fazendo esse programa para ser ‘bonzinho’ com as mulheres. Nós estamos fazendo esse programa porque é estratégia de desenvolvimento envolver as mulheres, dar oportunidade para que elas possam participar, ser e ter a profissão que quiserem e a partir dessa profissão gerar a tão sonhada prosperidade nas nossas famílias”, disse o prefeito.
Um exemplo de mulher e os cursos
Hoje com 23 anos de idade, Stephani Pereira começou cedo na profissão de pedreira, aos 17 anos, e no evento foi apontada como um exemplo a ser seguido de força e determinação.
“Eu agradeço a Deus e agradeço muito ao prefeito Darci porque não são todos que querem dar essa oportunidade às mulheres”, disse Stephani, cuja voz embargada e reconhecimento deixaram pessoas presentes visivelmente emocionadas, inclusive o prefeito.
E são mulheres batalhadoras como Stephani que agora têm chance de participar de um programa cuja finalidade é garantir autonomia financeira a elas, inserindo-as num mercado de trabalho dominado pelos homens.
Mas falta mão de obra, afirmou o diretor do Senai em Parauapebas, Felipe Francês, no lançamento do programa. Segundo ele, foi realizada uma pesquisa entre as empresas no município para identificar as áreas mais carentes de profissionais.
A partir disso, foram escolhidos os 26 cursos do Cidade Igualdade. “Os cursos são gerados nas expectativas advindas da indústria”, informou Francês, que agradeceu à prefeitura pelo convite ao Senai para fazer parte do programa. Quem participar dos cursos, frisou o diretor do Senai, “terá o acompanhamento de todos os parceiros industriais”.
Interesse pelas inscrições
Durante o lançamento do Cidade Igualdade, a prefeitura já havia computado, até às 19 horas de terça-feira, mais de 500 inscrições de mulheres interessadas em realizar os cursos, que serão distribuídos por 56 turmas nas zonas urbana e rural de Parauapebas.
As interessadas podem encontrar o formulário de inscrição na página principal do site da prefeitura.
