SEMSA JÁ NOTIFICOU 169 CASOS DE SÍFILIS ESTE ANO EM PARAUAPEBAS

publicado: 30/10/2018 17h08

Problema foi tema da 1ª Roda de Conversa sobre a doença

entre profissionais da rede pública de saúde

A cada mil crianças que nascem em Parauapebas dez, em média, são notificadas com sífilis congênita, ou seja, vêm ao mundo com uma doença grave transmitida pela própria mãe. “A cada mês são 47 novos casos da doença no município”, alertou a coordenadora da Rede Cegonha, Cleice Reis, durante a 1ª Roda de Conversa sobre sífilis congênita e adquirida, em Parauapebas, realizada na última quinta-feira, 25, no plenarinho da Câmara Municipal.

Apesar dos cuidados tomados pela saúde pública, o município ainda não consegue evitar a morte de crianças. Entre os anos de 2006 e 2017, foram 19 óbitos infantis por sífilis congênita, segundo Cleice Reis, que apresentou mais dados estatísticos que preocupam: “Até o momento já temos notificados 58 casos de sífilis em gestante, 36 de sífilis congênita, 75 casos de sífilis em adulto”.

A 1ª Roda de Conversa foi para marcar o Dia Nacional de Combate à Sífilis, que transcorre em 20 de outubro. A ação foi promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio da Rede Cegonha e da Coordenação de IST/AIDS/Hepatites Virais, com a troca de experiências mediadas por especialistas das áreas de infectologia, obstetrícia e clínica geral.

A obstetra Shirlei Albuquerque abordou sobre os riscos da sífilis na gravidez, que pode provocar o aborto ou a morte do bebê dentro da barriga. “Caso a criança sobreviva ao nascimento, é feito o acompanhamento pela equipe de saúde, mas mesmo assim pode ficar com sequelas tanto na primeira infância quanto na segunda”, disse a obstetra.

Diagnóstico da sífilis

Para o diagnóstico da doença, a rede municipal de saúde oferece em suas Unidades Básicas de Saúde (UBS) teste rápido e exames laboratoriais.

Transmissão da doença

A sífilis é transmitida por relação sexual ou da mãe para a criança.

Doença silenciosa/Sinais

Apesar de ser uma doença silenciosa, a sífilis se apresenta com sinais indolores, em forma de pequenas feridas nos órgãos genitais, que desaparecem rapidamente e voltam a aparecer. 

 

Texto: Janaina Ravanelli | Semsa
Fotos: Luciano Silva | Semsa
Assessoria de Comunicação – Ascom | PMP

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