SEMPROR E UFRA COMBATEM VASSOURA DE BRUXA EM PLANTIO DE CUPUAÇU

publicado: 25/10/2017 15h46

Técnicos e pesquisadores da Secretaria Municipal de Produção Rural (Sempror) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) deram início ao processo de recuperação de uma plantação de cupuaçu atingida pela doença chamada “vassoura de bruxa”, na região de Palmares Sul, zona rural de Parauapebas, nesta terça-feira, 24.

A ação resulta de capacitação realizada em julho deste ano pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a Sempror para técnicos de Parauapebas, com o objetivo de combater a doença em pomares de cupuaçu.

A técnica desenvolvida pela Embrapa consiste na substituição da copa das árvores, prática conhecida como poda fitossanitária, pois os ramos atingidos pelo fungo da doença “vassoura de bruxa” são retirados e substituídos por variedades resistentes à doença através do processo de enxertia.

Segundo o engenheiro agrônomo Rafael Freire, a técnica já foi testada em outros plantios com resultado comprovado: “Nós visitamos outras plantações e encontramos variedades resistentes à doença desde o seu plantio e plantas que passaram pelo processo de substituição de copas. Em ambas, o produtor obteve sucesso”, sublinhou.

A produtora Odalma Rezende, 73 anos, tem uma propriedade de 25 hectares, das quais quatro são destinadas ao plantio de mil pés de cupuaçu. Há 20 anos ela investe na agricultura familiar e diz que é a primeira vez que recebe uma solução para recuperar sua plantação. “Todos os técnicos que vieram aqui antes falaram que eu deveria acabar com a plantação, pois não havia solução. Agora, não tenho dúvida do sucesso que será o trabalho que vem sendo feito aqui por estes profissionais”, disse.

A produção de cupuaçu nas propriedades de Odalma Rezende já alcançou três toneladas, por hectare, ao ano. Mas atualmente não chega a uma tonelada. Agora, com a nova técnica e após o processo de recuperação, a expectativa é de que a propriedade passe a produzir uma média de 11 toneladas de cupuaçu por hectare, ao ano, pois a variedade resistente também produz em maior quantidade.

Odalma Rezende foi a primeira produtora a receber o apoio técnico em Parauapebas para o combate à doença, mas a iniciativa beneficiará também outros produtores, como explica o secretário de Produção Rural, Eurival Martins: “Esta é apenas a primeira produtora cuja plantação entra no processo de combate à vassoura de bruxa, mas vamos fazer o mesmo juntos com todos os produtores do município”.

Texto: Jéssica Diniz
Fotos: Piedade Ferreira
Assessoria de Comunicação – Ascom | PMP

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