Mais de 150 profissionais da educação da zona rural de Parauapebas se reuniram durante todo o dia da última sexta-feira, 17, na Escola Municipal de Ensino Fundamental 18 de Outubro, e movimentaram o Assentamento Carajás, distante 18 quilômetros de Parauapebas. Eles participaram da primeira formação do ano destinada para os educadores do campo, responsáveis por mais de 3,5 mil alunos.
A formação é um evento de cunho pedagógico que já faz parte do calendário escolar, e visa a contribuir para a formação crítica dos profissionais, promovendo reflexões sobre concepções teóricas, além de discutir estratégias de planejamento por área de conhecimento.
Recebidos com café da manhã e recepcionados pela equipe pedagógica do Setor da Educação do Campo, por técnicos da Diretoria Pedagógica e pelo secretário municipal de Educação, Raimundo Neto, os docentes debaterem ao longo do encontro temas relevantes como “Tendências Pedagógicas, Concepções de Currículo e Educação do Campo” e “Identidade e Currículo das Comunidades das Escolas do Campo”.
Segundo o diretor do Setor da Educação do Campo, Francisco Serrano da Silva, o momento contemplou todos os profissionais da educação do campo, inclusive os que atuam na região do Contestado, uma confluência geográfica entre os municípios de Parauapebas e Marabá. “Nosso estudo está sendo realizado por segmento e áreas do conhecimento, para que contemple a todos, de forma integral”, observou.
Para gerar os resultados esperados e tornar a formação ainda mais eficaz, foram realizadas mudanças para que os alunos do campo aprendam conforme sua própria realidade. “Alteramos o perfil das formações: utilizamos oficinas pedagógicas de troca de experiências, momentos de construção de pesquisa da realidade, aumentamos a carga horária e nos propomos, ao longo dos próximos quatros anos, reformular o currículo das escolas do campo”, relata Eliete Araújo, coordenadora pedagógica.
A pedagoga Juraci Alves Vieira, diretora da Escola Pedro Vale, no Contestado, aprova as mudanças. “O currículo da educação do campo muitas vezes é trabalhado de forma urbanista, contudo precisamos levar em conta a necessidade do aluno campesino e suas singularidades”, defende a diretora.
O secretário Raimundo Oliveira Neto comentou a importância dos educadores repensarem suas práticas pedagógicas. O encontro, ressalta o secretário, apresenta temas relevantes, como a concepção de currículo, além de ofertar aos educadores a oportunidade de se encontrarem para refletirem sobre questões relacionadas à aprendizagem dos alunos. “São essas reflexões que produzem, de fato, efeito prático em sala de aula e validam resultados cada vez melhores”, atesta Raimundo Oliveira.
Assessoria de Comunicação | PMP
Fotos: Matheus Costa | PMP