Uma programação diversificada, com atividades envolvendo alunos da rede pública, usuários das unidades de saúde e a população em geral, foi organizada em alusão ao Dia Mundial do Rim, com o objetivo de levar informações sobre as doenças renais e a sua prevenção. A ação, realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), ocorre entre os dias 7 e 12 de março.
Nas escolas, os professores de educação física e profissionais de saúde realizarão aferição de pressão, peso e altura das crianças e adolescentes, além de avaliação de antecedentes de doença renal na família e solicitação de exame de Creatinina e Urina 1 para alunos que integrarem grupos de risco.
Os agentes comunitários de saúde farão triagem domiciliar durante o período da campanha. Todos esses profissionais foram capacitados com relação a esse procedimento durante treinamento, o qual foi realizado dia 15 de fevereiro com a médica nefrologista, que atende na rede pública do município, Verônica Costa.
Os usuários das unidades de saúde receberão informações por meio de palestras que ocorrerão durante a semana nas salas de espera. Também serão realizadas aferição de pressão, teste de glicemia, e distribuição de solicitação de exames específicos para pacientes de grupos de risco e crianças que nunca fizeram exame de função renal.
Para finalizar a vasta programação, no sábado (12), acontecerá uma atividade no Centro de Abastecimento de Parauapebas (CAP), das 7 às 10 horas, e no Partage Shopping, das 10 às 20 horas. Nessas ações, o público poderá passar por avaliação clínica, fazer cadastro, receber encaminhamento de exames e orientações das equipes de saúde.
Entre os dias 28 e 31 de março, os resultados dos exames serão disponibilizados nas unidades de saúde. Pacientes cujos exames forem anormais e portadores de fatores de risco para Doenças Renais Crônicas (DRC) terão agendamento de consulta com clínico geral ou, dependendo da gravidade, com médico nefrologista.
Dados sobre a doença
“Atualmente, não temos uma estatística nacional do todo da doença renal. Acreditamos que cerca de 16,8% da população acima de 20 anos seja portadora de algum grau de DRC. E isto vem piorando progressivamente à medida que o número de obesos e sedentários cresce, levando a doenças como diabetes e hipertensão, que são as principais causadoras de doença renal crônica”, informa Verônica Costa.
No estágio mais grave da doença renal há necessidade de diálise ou transplante de rim. Hoje, são cerca de 2.800 pacientes em diálise no Pará; em Parauapebas esse número passa de 40. Ainda sobre os dados estaduais, de acordo com a nefrologista, cerca de 500 pessoas estão na fila de transplante e apenas 80 delas estão com exames prontos para realizar o procedimento quando forem chamados.
“Atualmente, cerca de 200 pessoas esperam vaga em diálise no Pará. Estes números vão crescer e as pessoas vão morrer se a prevenção e o diagnóstico precoce não forem feitos corretamente”, disse a nefrologista, destacando que Parauapebas é um modelo nesse atendimento de prevenção e diagnóstico precoce.
“Os profissionais das unidades de saúde em Parauapebas fazem diagnóstico precoce e sabem tratar o portador de doença renal mais leve. Além disso, a rede conta com nefrologista, para cuidar dos casos mais graves e, em breve, ofertará o serviço de diálise no próprio município, com o novo hospital”, acrescentou.
Karine Gomes
Assessoria de Comunicação | PMP