Durante a campanha, encerrada hoje, 10, pelo menos 14 unidades básicas de saúde receberam atividades relacionadas ao tema
A Semana de Aleitamento Materno em Parauapebas levantou discussões sobre as práticas boas e ruins e todas as condições que envolvem a amamentação em pelo menos 14 unidades de saúde. A Secretaria de Saúde (Semsa), por meio do trabalho da Rede Cegonha, reservou dez dias para tratar sobre o assunto com profissionais de saúde e comunidade.
A campanha de incentivo à amamentação ocorre todos os anos em todo o mundo, com a Campanha Mundial da Amamentação. E a campanha nacional lançada pelo Ministério da Saúde este ano trouxe o tema Amamentação é a Base da Vida, pois segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as consequências do aleitamento materno adequado refletem até mesmo na vida adulta.
Ao tratar sobre o assunto, a campanha reforça a relevância do leite materno para o desenvolvimento humano ainda nos primeiros anos de vida. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde atestam que a prática reduz em aproximadamente 13% a morte de crianças menores de 5 anos por causas evitáveis e ainda reduz riscos de doenças como diarreia, infecções respiratórias, diabetes, obesidade, hipertensão e outras.
Na quarta-feira, 8, profissionais de saúde se reuniram na Unidade Básica de Saúde (UBS) dos Minérios em treinamento sobre as recomendações de intervenção em saúde durante e após a gestação.
A fonoaudióloga Emília Montenegro participou do treinamento aos profissionais de saúde do município e ressaltou o cuidado que deve ser desprendido pelo profissional de saúde ao receber mulheres durante a primeira gestação e logo após o parto. “Nós conversamos com os profissionais, que devem ter todo o preparo possível para orientar mães do pré-natal ao período puerpério, ou seja, logo após o parto”, disse Emília.
RECOMENDAÇÕES
Em Parauapebas, além das unidades de saúde, a maternidade do Hospital Geral de Parauapebas (HGP) e a Policlínica, por meio do Centro de Reabilitação (CER), oferecem orientações e apoio às mães quanto ao processo de amamentação, especialmente na primeira hora após o nascimento.
Esta é a recomendação de nº 2 da OMS em documento divulgado este ano, que lista as dez recomendações sobre amamentação com o título Protecting, promoting and supporting breastfeeding in facilities providing maternity and newborn services – em português, livre significa proteger, promover e apoiar a amamentação em instalações e prestação de serviços em maternidades e de recém-nascidos.
Ainda segundo Emília, algumas recomendações são ainda mais importantes quando se trata de um bebê prematuro, que apresenta alguma restrição alimentar ou quando o bebê não está se desenvolvendo como deveria, que não emite sons como. Existem práticas que as mães podem adotar que evitam riscos mais graves ao bebê e até mesmo a sua morte prematura.
“As mães devem procurar outras unidades ou a Policlínica para receber todo o apoio dos profissionais de saúde, mesmo em procedimentos que não envolvam a amamentação, pois estamos sempre à disposição e atentos aos sinais dos bebês e às dúvidas das mães”, orientou a profissional.
Segundo a coordenadora da Rede Cegonha, Cleice Reis, já existe um projeto pronto para implantação do Banco de Leite em Parauapebas, que irá aperfeiçoar o atendimento à comunidade tanto para mães que possuem muito leite quanto para aquelas que apresentam baixa produção.
- Texto: Jéssica Diniz
- Fotos: Piedade Ferreira
- Assessoria de Comunicação – Ascom | PMP
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