PRODUTORA RURAL APOSTA NO CAFÉ DE AÇAÍ E RECEBE INCENTIVO DA SEMPROR

publicado: 06/10/2017 15h33

Em uma região de plantio de açaí, na Área de Proteção Ambiental (APA) do Igarapé Gelado, zona rural de Parauapebas, a produtora rural, Perina Rodrigues, realizou demonstração do café feito a partir do caroço de açaí, nessa quarta-feira, 4. Segundo a produtora, o café de açaí começou a ser produzido há 27 anos com a adversidade encontrada no campo para comprar o café tradicional para o consumo familiar.

Perina explica que chegou à zona rural de Parauapebas na década de 1980, ela e a família moram próximo à Vila Sansão e já aprendeu a fazer outros produtos derivados do açaí, inclusive brigadeiro. Ela afirma que tem interesse em comercializar seus produtos. “Se houver a oportunidade, quero vender o café, pois assim poderemos gerar emprego e renda para outras pessoas também, inclusive outros produtores,” disse a produtora.

O cultivo de açaí na APA do Gelado é resultado de um projeto de compensação promovido pela empresa Vale, em parceria com a Prefeitura de Parauapebas, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e Associação dos Produtores Rurais da Área de Proteção Ambiental (Aproapa), há oito anos.

Segundo o gerente de relacionamento com a comunidade da Vale, Edvaldo Gonçalves, além desse projeto voltado para o cultivo de açaí, outras ações também foram implantadas e beneficiam produtores de hortifrúti na região da APA. “Para estes projetos, a Vale entra com a contribuição financeira e a Sempror [Secretaria de Produção Rural] com assistência técnica, com acompanhamento direto com os produtores rurais. Além disso, para nós é uma satisfação contribuir com o desenvolvimento desta região”, disse Evaldo Gonçalves.

O secretário de Produção Rural, Eurival Martins, afirma que a Sempror vem garantindo assistência técnica para que a produtora tenha conhecimento adequado a fim de produzir e comercializar o café de açaí.

“A Sempror, em parceria com o Sebrae, está fazendo esta ponte para dar as possibilidades necessárias para a produtora empreender seu produto e garantir o registro, pois trata-se de algo novo. Nós estamos também apostando na divulgação do produto, mostrando que é possível desenvolver no campo de forma sustentável”, finalizou o gestor.

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Texto: Jéssica Diniz
Fotos: José Piedade
Assessoria de Comunicação – Ascom | PMP