Com incentivo da Prefeitura de Parauapebas, a Secretaria Municipal de Produção Rural (Sempror) começou o ano de 2017 ampliando seus projetos de investimentos, voltados para o homem do campo de Parauapebas. Um deles é o Programa de Piscicultura Familiar, criado no município há pelo menos dez anos e que tem o apoio do governo federal.
Atualmente, esse programa de cultivação de peixes de cativeiros beneficia cerca de 600 pequenos produtores de Parauapebas, entre os quais “seu” Miguel Pinto Botelho, de 60 anos de idade, que mora na comunidade rural do Cedere I, a cerca de 20 quilômetros do município.
Graças ao programa, o sorridente Miguel conta que decidiu abrir mão de outros cultivos para lidar somente com a produção de peixes em cativeiro. “Aqui o tanque para a criação dos peixes foi aberto pela prefeitura, que através da Secretaria de Produção Rural nos forneceu os filhotes dos peixes e ainda nos garante o alimento para o crescimento dos mesmos, que é a ração. Se não fosse esse incentivo, eu jamais conseguiria mexer com essa atividade devido ao custo, que é alto”, admite o agricultor, animado com o programa.
O secretário municipal de Produção Rural, Eurival Carvalho, faz questão de acompanhar todos os programas de perto, e observa que esse primeiro ano do Governo Darci será repleto de desafios, já que muitos colonos estavam esquecidos pela gestão passada, tanto que o Programa de Piscicultura, criado em 2013, foi praticamente abandonado pela gestão passada, o que agora exige atenção redobrada da prefeitura.
Segundo Élson Cardoso Jesus, técnico agropecuário da Sempror, a reativação do Programa de Piscicultura Familiar implica num investimento de R$ 1,3 milhão, que numa primeira etapa vai beneficiar 294 pequenos produtores da região rural de Parauapebas, só neste ano.
Nada menos que 70 tanques de peixe serão recuperados e outros serão abertos. A prefeitura já está fazendo a distribuição de ração para 90 produtores, que também recebem toda assistência técnica necessária de técnicos da Sempror para que o empreendimento tenha êxito. E não só isso: a prefeitura ainda garante o transporte do pescado até o centro da cidade, para ser comercializado. A estimativa é que dentro de cinco meses os peixes já estejam no ponto de venda.
As espécies cultivadas são tambaqui, pintado, curimatã e pirarucu, que é o maior peixe da água doce e muito apreciado em Belém, onde é considerado o “bacalhau” da Amazônia.
Antônio Marcos
Assessoria de Comunicação | PMP
Fotos: Matheus Costa | PMP
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