Novo uniforme da Fanfarra de Parauapebas foi desenhado por jovem da Palmares Sul

publicado: 07/07/2021 16h17

Estudante de engenharia de produção, Hadrian Bezerra ama sujar as mãos de tinta. Só não esperava ganhar o concurso da Sejuv, com prêmio de R$ 2 mil.

 

“Eu fiquei surpreso com o resultado, me inscrevi sem muita expectativa. Quando vi que eu havia sido selecionado foi uma alegria”, conta Hadrian de Oliveira Bezerra, o vencedor do I Concurso de Croquis Fanfarra Jovem 2021 realizado pela Prefeitura de Parauapebas, numa iniciativa da Secretaria da Juventude (Sejuv).

A votação popular foi on-line, no site da prefeitura. Na disputa, o trabalho de quatro jovens, que em duas semanas viram ser registrados 2.560 votos, um número considerado expressivo e cuja maioria teve olhos voltados principalmente para a arte de Hadrian: ele conquistou a preferência de 53,28% do público ao receber o voto de 1.364 pessoas.

O croqui de Welington de Souza, outro trabalho belíssimo, com traços sofisticados, recebeu 707 votos (27,62%). Em terceiro e em quarto lugares, respectivamente, ficaram Josélia Duarte, com 438 votos, e Bruno Lima dos Santos, com 51 votos. Todos foram parabenizados pelo secretário da Juventude, Yuri Sobieski.

“A fanfarra poderia adotar qualquer um dos uniformes pensados por esses jovens porque os desenhos deles são ótimos, bonitos, criativos e qualquer um daria muito orgulho pra nós”, frisa o titular da Sejuv.

Durante o concurso, inclusive, contou a busca pelos votos. Hadrian não perdeu tempo. “Comecei a mobilizar a família, amigos e até professores da escola para a votação on-line. Mobilizamos toda a zona rural onde moro”, diz, entre risos, o rapaz de 19 anos de idade, que mora na Palmares Sul e hoje divide a vida entre trabalhar como assistente administrativo e frequentar o curso de engenharia de produção da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

Em horas de folga, Hadrian gosta de se concentrar nos desenhos, habilidade que desenvolveu ainda quando criança, como aluno do Projeto Pipa. “Aos 10 anos de idade comecei a desenhar com mais frequência. Hoje, eu diria que a arte mudou muito minha visão em relação ao mundo”, afirma ele.

Contudo, apesar de ter uma relação muito próxima com a arte desde cedo, Hadrian não pensa em seguir a carreira de estilista. “Nunca foi uma opção, porém, amo desenhar e me sujar de tinta”, revela o jovem, que nos faz lembrar: “Viver é arte e nela encontramos o belo e o bonito que a vida oferece”.

Texto: Hanny Amoras
Assessoria de Comunicação – Ascom/PMP