COMBATE À LEISHMANIOSE JÁ PASSOU POR MAIS DE 10 MIL RESIDÊNCIAS EM PARAUAPEBAS

publicado: 07/08/2018 16h40

Números devem triplicar até o final da primeira fase, em setembro. E Semsa decide estender campanha até novembro

O combate à leishmaniose se transformou em uma verdadeira força-tarefa que já passou por mais de 10 mil residências em apenas um mês de trabalho, entre os últimos dias de junho e o final do mês de julho. 

Devido ao risco que representa a doença, a Prefeitura de Parauapebas optou por agir com eficácia ao executar medidas simultâneas e por todas as regiões do município.

As medidas já demonstram bons resultados: os mutirões passaram por sete bairros e duas comunidades na zona rural, Palmares ll e Valentim Serra, e além de ir a residências estiveram também em 495 pontos comerciais e 3.114 terrenos baldios. Nada menos que 20.143 pessoas receberam a campanha e 3.075 cães e 2.197 gatos foram atendidos. 

Sob o comando da Saúde (Semsa), os mutirões envolvem as secretarias de Urbanismo (Semurb), de Obras (Semob), de Meio Ambiente (Semma), de Produção Rural (Sempror) e a Assessoria de Comunicação (Ascom). Juntas, levam a toda a cidade limpeza geral tanto pública quanto o recolhimento de entulhos, campanha educativa, atendimento veterinário e outros serviços, em ações que reúnem centenas de trabalhadores, entre agentes comunitários de Saúde (ACS) e de Endemias (ACE).

Com a Secretaria de Educação (Semed), a Semsa promoveu ainda formação para 200 professores da rede pública de ensino, para que contribuam indiretamente com a campanha a partir de conscientização e disseminação dos cuidados contra a doença nas escolas, para milhares de alunos.

DA PERIFERIA AO CENTRO

Segundo o coordenador da Vigilância Ambiental, Carlos Damasceno, a princípio a prioridade é para bairros mais distantes da região central da cidade. Os motivos são vários, entre os quais a proximidade com a vegetação, que facilita a introdução do mosquito-palha, responsável pela transmissão da leishmaniose, além do número maior de casos da doença em cães.

Os mutirões foram programados para ocorrer de junho a setembro deste ano, mas já há planejamento montado para estendê-los até o mês de novembro e, assim, chegar a muitos outros bairros. “Nós já definimos que vamos estender até o mês de novembro. Todo o cronograma já está montado com as datas para bairros que ainda não haviam sido inseridos”, informa Damasceno. 

CUIDADOS E SACRIFÍCIOS

Os índices de leishmaniose são registrados com mais frequência em cães, pois são eles os hospedeiros do parasita leishmania. Devido a maior proximidade com o homem, recebem atenção redobrada. Contudo, nem sempre é possível evitar a doença e, ao ser diagnosticado com a leishmaniose, o animal é obrigado a conviver com a doença, já que não há cura, e muitas vezes precisa ser sacrificado. 

Além da realização de testes rápidos, material de amostra é enviado para análise laboratorial para confirmar ou não o diagnóstico da doença. Em caso de positivo, ainda no teste rápido, fica a critério do responsável pelo animal realizar a eutanásia.

Segundo Cristiano Aguiar, veterinário da Secretaria de Saúde, não há sofrimento para o animal. “Os animais são completamente anestesiados antes de serem eutanasiados e o procedimento é completamente indolor, ou seja, o animal não vê e nem sente nada”, explica ele.

Serviço: Além dos mutirões, a Semsa oferece atendimento veterinário na Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) todos os dias, das 8h às 12h e das 14h às 17h, de segunda à sexta-feira.

A unidade é localizada na rodovia Faruk Salmen, no antigo prédio da Secretaria de Produção Rural (Sempror). Para aperfeiçoar o atendimento, qualquer cidadão pode ligar para o número 3346-2669 e agendar o atendimento na própria unidade. 

Texto: Jéssica Diniz   
Fotos: Arquivo | Ascom   
Assessoria de Comunicação – Ascom | PMP

 

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