CAMPANHA DE COMBATE À TUBERCULOSE PRIORIZA PESSOAS MAIS VULNERÁVEIS À DOENÇA

publicado: 23/03/2018 17h55

 

Número de casos em Parauapebas caiu entre 2013 e 2017. Quase 90% dos registros são do tipo pulmonar, responsável por facilitar o contágio.

Considerada satisfatória, a campanha de combate à tuberculose em Parauapebas foi além das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e chegou às pessoas consideradas mais vulneráveis à doença infecciosa e contagiosa e que vivem geralmente em ambientes fechados com grande número de pessoas.

A campanha promovida entre os dias 19 e 23 deste mês é realizada todos os anos, sempre na semana que antecede o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, em 24 de março.

A equipe da Diretoria de Vigilância em Saúde realizou coleta de exames, análise clínica e orientações sobre a tuberculose, causas e sintomas no Aconchego do idoso, Casa de Apoio Semeando, carceragem prisional de Parauapebas e Projeto Pris, este último em Palmares ll.

No Aconchego do Idoso, pacientes e cuidadores receberam orientações sobre as características da doença. As ações foram direcionadas também para profissionais de saúde que passaram por capacitação no Centro Universitário de Parauapebas (Ceup).

Segundo Jheyvison Wallinter, coordenador do programa de tuberculose, as ações consistem principalmente em educação sobre a doença, enfatizando grupos mais suscetíveis. “Nós visitamos entidades que acolhem pessoas idosas, dependentes químicos, moradores de rua, além de detentos sob a tutela do sistema prisional, pois são pessoas que podem ter o sistema imunológico um pouco mais fragilizado”, disse o coordenador.

A prova disso é que o Ministério da Saúde recomenda a testagem para HIV para todos os pacientes com tuberculose, devido à baixa imunidade. Para se ter uma ideia, segundo boletim epidemiológico elaborado pela Secretaria de Saúde (Semsa), em 2017 foram diagnosticados 48 novos casos de tuberculose em Parauapebas, sendo que 44 realizaram teste rápido e cinco apresentaram resultado positivo para o vírus HIV.

Ainda segundo o levantamento, os registros da doença diminuíram nos últimos cinco anos em razão do avanço social conferido pela população do município com projetos habitacionais, redução do fluxo migratório e urbanização planejada. A redução considera o comparativo entre o ano de 2013 quando foram 55 novos casos contabilizados e o ano de 2017, com 48.

Os homens continuam sendo as maiores vítimas da tuberculose em Parauapebas, mas a incidência tem caído nos últimos anos, conforme o relatório da Semsa. Em 2015, 86,71% das pessoas com a doença eram do sexo masculino. Em 2017, reduziu para 54%. A faixa etária predominante é de 20 a 29 anos de idade.

RESULTADOS DA CAMPANHA

Os resultados dos exames realizados durante a campanha devem estar prontos na próxima segunda-feira, 26, quando, se for detectado diagnóstico positivo, o paciente receberá acompanhamento médico pela Rede de Atenção Básica, assim como todos os casos registrados em 2017, sendo que alguns pacientes já receberam atestado de cura.

Apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda considerar a tuberculose como a doença infecciosa de maior mortalidade no mundo – supera o HIV e malária, juntos – as chances de cura chegam a 100% quando o tratamento é realizado corretamente. O programa de controle da tuberculose é promovido em todas as unidades de saúde do município, Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e Policlínica.

Texto: Jéssica Diniz
Fotos: Piedade Ferreira
Assessoria de Comunicação – Ascom | PMP

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