Em 18 de maio é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data remete ao dia 18 de maio de 1973, quando Araceli Crespo, de 8 anos de idade, foi raptada, estuprada e morta por jovens da alta classe da cidade de Vitória, no Espírito Santo. Os agressores nunca foram punidos.
Em Parauapebas, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) promoveu uma campanha de enfrentamento, desde o dia 9 deste mês, para lembrar a data. Foram realizadas diversas atividades de conscientização e prevenção de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Parauapebas registra de quatro a cinco casos por semana, segundo a delegada Ana Carolina Abreu, da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).
Com dança, poesia e música, a campanha foi encerrada nesta quinta-feira, 18, no anfiteatro da cidade, com a presença do vice-prefeito Sérgio Balduíno e do titular da Semas, Jorge Guerreiro, e reuniu usuários e familiares de toda a rede de assistência social, como os Cras, Creas, Abrigo Esperança, Aconchego do Idoso, Caps, Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdcap), representantes da Vale e autoridades municipais.
“Conte para alguém, não tenho medo, não guarde segredo”, foi o tema trabalhado nas atividades com a finalidade de avançar o processo de conscientização da população sobre a gravidade da violência sexual e destacar a importância de prevenir e denunciar.
Segundo a coordenadora do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), Danielle Leite, cerca de 140 crianças e adolescentes são acompanhadas pelo governo municipal, com atendimentos individuais das vítimas e familiares, visitas domiciliares e trabalhos em grupo.
“A maioria dos casos chega do Conselho Tutelar, Disque Denúncia, Ministério Público, demandas espontâneas e temos o serviço de abordagem, que vai até alguns locais, identifica situações e traz para o Creas”, explicou a coordenadora.
Segundo a conselheira tutelar Gardenha Garcia, o Disque Denúncia e o Disque 100 são os principais canais usados pela população. Contudo, muita gente ainda tem medo de denunciar e fica na omissão, o que leva as autoridades a acreditarem que os casos registrados estão bem aquém da realidade. “É preciso criar estratégias no trabalho de prevenção, e é isso que estamos fazendo – conselhos, delegacia e governo municipal – para combater esses abusos”, disse Gardenha.
As ligações para o Disque 100 são gratuitas e o anonimato é garantido. O atendimento é 24 horas e ocorre inclusive aos domingos e feriados. “Nossa responsabilidade é muito grande, cuidar dessas crianças e adolescentes. Não depende só do governo, mas de toda a sociedade prevenir. É preciso abraçar essa causa, dar o melhor para nossas crianças. Temos que pensar no futuro e cuidar delas hoje”, defendeu o secretário de Assistência Social, Jorge Guerreiro.
Texto: Liliane Diniz
Fotos: Gilberlan Atrox
Assessoria de Comunicação – Ascom | PMP
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