Servidores públicos aprendem sobre cultura e costumes dos índios venezuelanos da etnia Warao

publicado: 18/04/2022 16h09

“Migrar, acolher e integrar os Warao em Parauapebas”. Este foi o tema do seminário oferecido aos servidores públicos do município nos dias 12 e 13 deste mês, para eles compreenderem o universo dos índios venezuelanos que migraram para Parauapebas em busca de uma vida melhor e que foram acolhidos pela prefeitura.

Com a chegada deles no município, foi criado o Centro de Acolhimento aos Indígenas Refugiados, para garantir o mínimo de dignidade aos índios. “A gestão municipal oferece vários serviços aos Warao, com objetivo de melhor acolher essas famílias em situação de vulnerabilidade. Aqui, eles são acolhidos da melhor forma”, afirmou Brena Gomes, gerente do Acolhimento.

Organizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), o seminário teve como maior objetivo capacitar os servidores, para avançar nas ações para os Warao.

“Os temas abordados foram a cultura, a forma como eles chegaram, o processo de migração. Então, foram essas questões: como trabalhar com o indígena Warao, a diferença entre o Warao e o venezuelano que não é indígena. A gente precisa compreender todo esse processo para que a gente possa trabalhar com eles”, explicou a coordenadora da Proteção Social e Especial, Cris Leão.

De acordo com o último levantamento da Semas, 98 índios da etnia Warao estão divididos em 23 famílias alojadas no Centro de Acolhimento da prefeitura, onde recebem todo o apoio e infraestrutura necessária.

Katop Xikrin, Coordenador da Educação Indígena, participou do seminário e destacou a importância de a sociedade conhecer um pouco mais da história do Warão, para compreendê-lo.

“Nós estamos tendo essa oportunidade de conhecer quem são os waraos, como estão sendo tratados e qual a visão da sociedade, do povo municipal, em respeito a eles. Por isso, hoje estamos tendo esse momento de entender um pouco sobre quem são os warao e assim a gente pode se conscientizar como ser humano e respeitar o próximo”, avaliou Katop Xikrin

Texto: Marcelo Duarte

Foto: Benilson Sá