O Pará já registrou 19 casos da doença: redobrar a atenção pode ajudar a conter a transmissão do vírus.

Diante do aumento global de casos desde 2022 e da declaração de ESPII pela OMS em agosto de 2024, a Prefeitura de Parauapebas, através da Semsa, intensifica a vigilância da Mpox, mesmo sem registrar casos em 2025. Em um cenário nacional com 373 confirmações, sendo 19 no Pará. A atenção redobrada é prioritária.
A Mpox é causada pelo vírus mpox (MPXV) e se transmite por contato direto com infectados, materiais contaminados e, raramente, por animais silvestres. É importante ressaltar que macacos não são reservatórios do vírus.
A administração municipal busca informar e mobilizar profissionais e a população sobre sinais, transmissão, prevenção, diagnóstico e condutas na suspeita da doença. A notificação imediata é essencial para conter a transmissão, seguindo os protocolos estabelecidos.
Em Parauapebas, até o momento, não temos casos confirmados, mas que atendam aos critérios compatíveis com a doença. Considerando que se trata de uma doença viral, casos com sintomas semelhantes, mas sem histórico de viagens, não são considerados suspeitos.
Recentemente, tivemos um caso suspeito na UPA. O paciente foi devidamente avaliado, teve uma amostra coletada e enviada para análise para fins epidemiológicos. Ele foi atendido e está sendo acompanhado pelos profissionais de saúde do município, encontrando-se em tratamento domiciliar.
Prevenção: evitar contato com pessoas sintomáticas; redobrar cuidados íntimos; usar EPIs em saúde; higienizar superfícies; isolar casos suspeitos até a cicatrização.
Sintomas: lesões de pele (bolhas dolorosas), febre, inchaço de gânglios, dor de cabeça, dores musculares, calafrios, exaustão e sintomas anorretais. Casos graves podem ocorrer em imunossuprimidos. O diagnóstico é confirmado por PCR de amostras das lesões, com o OLACEN-PA como referência. A coleta deve seguir o protocolo e ser enviada rapidamente.
Transmissão: contato direto com lesões, fluidos corporais, mucosas ou crostas de infectados; contato íntimo/sexual; contato com superfícies contaminadas; e gotículas respiratórias em contato próximo.
Tratamento: não há tratamento específico, apenas manejo dos sintomas. Casos graves podem necessitar de internação. Pessoas com HIV requerem atenção especial.
Vacinação: priorizada para grupos de maior risco de formas graves, conforme definição conjunta com conselhos municipais e estaduais.
· Pré-exposição: PVHA (homens cis, travestis e mulheres trans com CD4 < 200), e profissionais de laboratório (NB-2, 18-49 anos).
· Pós-exposição: pessoas com contato de alto ou médio risco com casos suspeitos ou confirmados, mediante avaliação da vigilância local.
Recomendações:
Deve-se evitar contato com lesões ou sintomas suspeitos; redobrar cuidados íntimos; lavar as mãos frequentemente; não compartilhar objetos pessoais; procurar unidade de saúde diante de lesões incomuns com febre ou dor; isolar-se em caso de suspeita.
Os profissionais de saúde precisam manter-se atualizados sobre protocolos; considerar Mpox em casos de lesões anogenitais, febre e linfadenopatia; coletar amostras para PCR com EPIs; notificar imediatamente casos suspeitos; orientar pacientes sobre transmissão e prevenção; monitorar contatos; promover diálogo respeitoso.
A Prefeitura de Parauapebas, por meio da Semsa, reafirma seu compromisso com a saúde da população e a importância da colaboração de todos na prevenção e controle da MPOX. Em caso de dúvidas ou sintomas, procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.
Reportagem: Ana Freitas
Assessoria de Comunicação/PMP 2025