Rede de Atendimento à Mulher: mais de dez mil foram beneficiadas com ações em 2021

publicado: 23/03/2022 10h54

A luta pela igualdade de gênero e pelo fim da violência contra mulheres e meninas continua em 2022, com novos projetos e ações.

Kiria França enxergou nos cursos oferecidos pela Casa da Mulher uma oportunidade de alavancar a carreira.

Transformar cenários que estão enraizados na sociedade não é tarefa fácil, exige dedicação, insistência e um planejamento de longo prazo. É assim que a Rede de Atendimento à Mulher da Prefeitura de Parauapebas vem atuando. No dia a dia, cada ação contribui para construir uma cidade mais igualitária. Em 2021, mais de dez mil mulheres foram beneficiadas com os projetos e serviços pensados para o público feminino.

Empoderamento e profissionalização das mulheres são os principais objetivos das ações desenvolvidas ao longo do ano. Cursos que visam formar e incentivar o empreendedorismo feminino e que, consequentemente, geram renda, são ofertados para mulheres em situação de vulnerabilidade social. As mulheres da zona rural também são beneficiadas com os projetos. A Caravana Semmu em Todos os Cantos descentraliza as ações e fortalece saberes e direitos das mulheres para a construção da cidadania.

Estética corporal, depilação, corte e costura são algumas das capacitações oferecidas pela Casa da Mulher. Ao todo, foram 12 cursos diferentes, resultando em 318 mulheres qualificadas. Como diz Simone de Beauvoir “é pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta”.

Lenice Alves possui seu próprio espaço para atendimentos.

Para Lenice Alves, ex-aluna do curso de drenagem linfática, a oportunidade foi um divisor de águas na sua carreira profissional. Atualmente, ela trabalha na área e possui seu próprio espaço. “Foi na Casa da Mulher que eu me encontrei. O primeiro dia que eu cheguei lá eu disse: é isso aqui que eu vou querer e que eu me identifico. Eu amo o meu trabalho!”, conta ela, orgulhosa da sua trajetória.

Cuidar da beleza e proporcionar o autocuidado também é muito importante, por isso mais de 300 mulheres usufruíram dos serviços de embelezamento, que valoriza a diversidade da mulher brasileira, respeitando cores, formas e tamanhos, independentemente dos padrões sociais estabelecidos. “É um trabalho muito bom para a sociedade, tem ajudado muito as mulheres aqui de Parauapebas”, afirma Lenice Alves.

Kiria França também enxergou nos cursos uma oportunidade para alavancar sua carreira. Agora, celebra a conquista. “Eu já atuava na área da beleza, só que trabalhava em casa. Na última semana do curso, eu fiz uma entrevista para trabalhar em um salão e eu consegui. No começo eu pagava porcentagem e, hoje, eu pago só o aluguel da minha sala. Eu trabalho pra mim”.

Lenice deixa uma dica para as mulheres que querem sair da rotina e buscar realizar seus sonhos. “A gente não pode ficar parada, olhando para os lados. Tem que ter uma direção e acreditar que a gente é capaz”, orienta.

“A gente não pode ficar parada, olhando para os lados. Tem que ter uma direção e acreditar que a gente é capaz”

Rede de Proteção

A rede de proteção à mulher ainda é um serviço extremamente necessário, diante dos números de violência. Parauapebas conta com o Centro de Assessoria Jurídica à Mulher (Ceajum) que garante o acesso ao Judiciário por meio de atendimento especializado, promovendo às mulheres o exercício de seus direitos.

Foram 1.217 mulheres atendidas em 2021, e a prefeitura segue trabalhando para reduzir ainda mais esses números, com ações de conscientização sobre os tipos de violência.

Para as mulheres que necessitaram de acolhimento institucional em local seguro, que ofereça proteção e atendimento integral para as vítimas de violência doméstica ou familiar, a Casa Abrigo promoveu acolhimento e atendimento a 14 mulheres e seus dependentes em período integral.

Texto: Morgana Albuquerque

Fotos: Renato Resende

Assessoria de Comunicação/PMP