“É a primeira vez que eu vou a algum lugar e tenho essa sensação de agora. Estou perplexo, confuso e ansioso”. Foi dessa forma que reagiu Marcos Simanovic, presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), após conhecer os projetos da prefeitura, para transformar Parauapebas em nova rota turística do Brasil.
“Estou sem ideia para somar porque vocês já pensaram em todas as coisas boas para cá. Aqui tem tudo para dar certo”, avaliou Simanovic, em sua primeira visita a região de Carajás, com a qual ficou impressionado.
Simanovic chegou no início da semana a Parauapebas acompanhado por diretores do ICMBio e, primeiro, conheceu as áreas de exploração de minérios da Vale e a relação da empresa com a Floresta Nacional de Carajás.
Com o prefeito Darci Lermen e secretários municipais, foram mais de duas horas de conversa na manhã desta quarta-feira, 13, ocasião em que foram apresentados três vídeos ao presidente do ICMBio: sobre a floresta de Carajás, o Programa Municipal de Investimentos (PMI) e o que apresentou o projeto arquitetônico dos equipamentos turísticos que a prefeitura planeja construir na floresta de Carajás.
Entre os projetos, o Eco Resort, com três tipos de acomodação; a maior tirolesa da América Latina, com 2,6 mil metros de comprimento e 300 metros de altura, de onde os turistas terão vista privilegiada da floresta. Outro projeto está na construção, em Parauapebas, do segundo maior jardim zoobotânico do Pará.
Após destacar as vantagens de Parauapebas para o turismo, relatar sobre as obras estruturantes e os equipamentos turísticos que começam a ser construídos na cidade, Darci Lermen enfatizou ao presidente do ICMBio que a prefeitura reúne todas as condições econômicas, operacionais e técnicas para construir e manter os projetos. “Estamos firmes na decisão de transformar Parauapebas num case turístico de sucesso”, assegurou o prefeito.
Reunião técnica
Contudo, a criação da nova matriz econômica de Parauapebas depende da concessão pelo ICMBio do uso da floresta. O analista ambiental Vitor Garcia Neto, coordenador de Uso Público e Proteção do instituto, em Carajás, explicou que, ao contrário do licenciamento ambiental, a parte mais complexa do processo é a escolha do modelo de concessão para grandes projetos.
“Há várias possibilidades”, reforçou Marcos Simanovic, que se comprometeu com Darci Lermen a enviar, de Brasília, uma equipe de especialistas a Parauapebas no próximo mês de maio, para analisar o modelo juntamente com a prefeitura e a diretoria do ICMBIO, em Carajás.
Da reunião com o ICMBio, participaram o vice-prefeito João do Verdurão; o chefe de Gabinete, João Corrêa; o coordenador de Projetos Especiais do Prosap, Cleverland Araújo; e os secretários especial de Governo, Wesley Costa; de Meio Ambiente, Sávio Santiago; de Turismo, Rodrigo Mota; de Ciência, Energia, Tecnologia e Mineração, Leandro Brandão; e de Obras, Luiz Castilho.
