Até o ano de 2030, nada menos que 193 nações de todo o planeta têm um compromisso e um desafio em comum: acabar com a pobreza e a fome, reduzir as desigualdades, assegurar educação para todos, construir um mundo mais pacífico, promover o crescimento econômico sustentável, proteger o planeta e seus recursos naturais.
No total, são 169 metas especificadas pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) aprovados em 2015 pela assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU), da qual o Brasil participou com papel de destaque.
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, como é chamada, está na ordem do dia da Prefeitura de Parauapebas nos últimos anos. Basta observar que cada obra, projeto e ação se enquadram nas metas estabelecidas.
Um grande exemplo disso é o Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap). Mais recentemente o projeto “Escola por toda parte”, previsto para ser lançado em maio deste ano, com a construção de 17 novas escolas municipais em Parauapebas.
Mas para que os ODS tenham resultado mais rápido e efetivo é preciso maior e melhor envolvimento dos servidores, principalmente os que trabalham com planejamento. Daí, eles virem sendo treinados pela prefeitura desde novembro de 2021 – devido à pandemia da covid-19, a oficina teve que ser adiada.
O último treinamento, de aulas práticas, foi encerrado na sexta-feira, 25. À frente, a economista e consultora Silvana Granemann, que já trabalhou para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e reside em Brasília.
“Nós fazemos um treinamento com os funcionários, os cargos comissionados, os gestores públicos, para que eles passem a localizar nos seus PPAs – o seu Plano Plurianual, onde constam todos os programas do governo do município -, para que eles consigam enxergar os ODS e as metas dentro desse programa”, explicou Silvana Granemann.
A localização dos objetivos e metas no PPA, frisou a consultora, é importante porque confirma o compromisso da gestão com os ODS. “A localização significa que esse município vai cumprir tal meta até 2030 porque ele tem um programa no PPA”, disse Silvana, que elogiou o PPA de Parauapebas, para o quadriênio 2022-2025.
“O município de Parauapebas está até numa situação bem confortável porque o PPA está muito bem feito. O PPA já tem muita política pública”, observou a consultora.
Engajamento
A técnica em Planejamento Luciana Cristina Silva, da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), ressaltou: o treinamento prático engajou ainda mais o grupo de servidores. “Eles trabalharam entre si e entenderam que, assim como os ODS, as secretarias também são transversais, indivisíveis. Ninguém consegue trabalhar sozinho”.
Com a identificação dos ODS em cada projeto e ação da prefeitura, complementou Luciana Silva, o servidor pode desenvolver melhor o trabalho, para alcançar a sociedade. “Quando você joga a meta dos ODS, os indicadores, você consegue enxergar melhor como trabalhar a política pública. Então, é nesse sentido que eu vejo que a oficina faz a diferença”, apontou a técnica em Planejamento.
Cooperação de todos
Para que Agenda 2030 alcance suas metas até 2030, é preciso também o envolvimento e cooperação de todo mundo, empresas, organizações não governamentais (ONGs), cidadãos comuns, Imprensa. E o primeiro passo é conhecer os ODS.
“Todas as ações da Agenda 2030 nós teremos que cumprir de uma forma mais lenta ou menos lenta. É uma agenda bonita, é uma agenda para não deixar ninguém pra trás, para acabar com a pobreza, que é uma coisa muito medonha que nós vivemos no Brasil e no mundo, e é para cuidar do planeta. Que planeta nós vamos deixar para as próximas gerações?”, questiona Silvana Granemann.