
“Eu esperei um tempo, né? Não sei o que acontecia, mas esperei. Mas este ano está melhorando, os profissionais estão ligando pra gente, as unidades de saúde estão nos chamando para comparecer.” Esse é o relato da paciente Valdivina Marque, que é enfermeira e mora em Parauapebas há 30 anos.
“Agora o atendimento está bom. Por conta da idade, tenho desgaste na coluna e, fazendo tratamento com o doutor Frederico, ele me encaminhou para cá, para a fisioterapia. Este ano está bem melhor, eu gostei muito do atendimento”, disse Valdivina.
Já foram realizados dois mutirões para atender a demanda reprimida por serviços de fisioterapia para adultos. No primeiro momento, foram feitos 350 contatos telefônicos, em uma busca ativa de pacientes. Desses, 158 compareceram e apenas 45 tinham perfil para atendimento no CER.


A supervisora Carlise Tillvitz explicou que a equipe definiu o atendimento extra aos sábados para não comprometer os atendimentos regulares durante a semana. É nesse momento que é feita a triagem dos pacientes, definindo se têm perfil para atendimento no CER ou na Unidade Básica de Saúde (UBS).
“O objetivo é zerar as filas. Recebemos essa demanda com um número excessivo de pacientes aguardando. Ao analisar os dados, percebemos que alguns estavam duplicados, já estavam sendo atendidos nas unidades de saúde ou até mesmo tinham mudado de cidade”, destacou Carlise.


Nova forma de atendimento
“Estamos adotando o cadastramento aqui no centro. Após o acolhimento, direcionamos o paciente. Hoje temos fisioterapia nas Unidades Básicas de Saúde, houve um avanço com as equipes multidisciplinares nas UBSs, o que permite que mantenhamos aqui apenas os casos que realmente necessitam de um acompanhamento mais próximo e especializado”, afirmou a supervisora.


Para a triagem realizada neste sábado, foram feitas cerca de 200 ligações, resultando em mais de 100 agendamentos.
“Nós temos um grupo de fisioterapeutas bastante numeroso. Nessas ações de acolhimento aos sábados, conseguimos agilizar ainda mais o atendimento aos nossos pacientes crônicos — como os que têm problemas lombares ou artrose — que precisam de um acompanhamento mais prolongado. Eles passam por aqui e depois retornam para o processo de regulação”, comentou Gardene Pereira, fisioterapeuta do CER.
Ela acrescentou que as UBS estão trabalhando em conjunto com o centro, orientando os pacientes crônicos e promovendo a conscientização sobre a importância de uma fisioterapia mais autônoma.
“A maioria dos nossos pacientes pós-cirúrgicos vem de acidentes — principalmente de moto ou domésticos — e a fisioterapia atua na recuperação da mobilidade e autonomia, para que eles possam retomar sua rotina e sua vida normal. O objetivo é que o paciente recupere suas funções”, ressaltou Gardene.



Reportagem: Andréa Reis
Fotos: Irisvelton Silva
Assessoria de Comunicação/PMP 2025