O estilo caipira marcou a segunda noite do festival Jeca Tatu. Seis quadrilhas levaram para a arena da praça de Eventos muita dança, animação e desejo de conquistar uma das premiações, que no total somam mais de 60 mil reais. Cada quadrilha tem, no máximo, 35 minutos para se apresentar e conquistar os jurados e o público.
Coreografia, harmonia, sincronização, evolução, marcador e musicalidade são os critérios avaliados pelo júri. “A gente vem esse ano com uma premiação boa. Para o primeiro lugar são cinco mil reais. A segunda melhor quadrilha fica com o valor de três mil reais. E temos, também, a premiação da terceira colocada que vai ser de dois mil reais”, explica Ediclei Aroucho, coordenador cultural da Liga das Agremiações Juninas de Parauapebas (Liajuper).
Segundo Ediclei as disputas este ano estão acirradas, já que o evento ficou dois anos sem ser realizado por conta da pandemia. “Esse ano as quadrilhas estão vindo com gás, a gente vê que estão com saudade do São João. As que já ganharam, estão querendo manter seu título. E outras estão concorrendo buscando o título”, comenta.
Dona Aparecida Sousa é apaixonada por festa junina, ela acompanhou a abertura do Jeca Tatu e, ontem, também estava prestigiando a segunda noite do festival. “Eu sou apaixonada por quadrilhas, amo demais. Vim aqui com a minha família, minha filha, meu neto e minha amiga. Estou amando”, conta animada.
Casa da Roça
Além das competições, música e comidas típicas, o público também pode aproveitar para matar a saudade do clima do campo. Um espaço pensado em cada detalhe para transportar o público para uma casinha simples do interior. Cafezinho passado no fogareiro, carne de sol, rapadura e batata doce são algumas das delícias servidas para o público degustar na Casa da Roça.
O espaço conta com a cozinha, sala e quarto. Uma riqueza de detalhes que somente fazendo uma visita para ver de perto e retornar no tempo, como fez Maria Aparecida. “Esse canto aqui do fogão à lenha, me fez voltar a 30 anos atrás. Eu fui criada na roça com meu pai. A gente vivia em casa de palha, casa de madeira”, relembra.
Essa é justamente a ideia da Casa da Roça, conforme conta a artesã Sandra Silva. “É um lugar especial, onde as pessoas fazem um reconhecimento sentimental de quando era criança. Então, é um lugar muito legal, muito aconchegante que resgata esse sentimento de pertencimento nordestino que existe em Parauapebas”.
Texto: Morgana Albuquerque
Fotos: Elienai Araújo
Assessoria de Comunicação/PMP