Não era nem 7 horas de domingo e o movimento de veículos nas ruas de Parauapebas já era intenso, provocado por mais de 20 mil candidatos que entraram na disputa do maior concurso público da história do município devido à grande procura: nada menos que 42,7 mil candidatos se inscreveram, mas apenas 31.472 continuam no páreo.
Isso porque 6.255 candidatos faltaram às provas realizadas na manhã e na tarde deste domingo, 11. Além disso, quem se inscreveu para as vagas de agente comunitário de saúde somente fará as provas no próximo domingo, dia 18.
São nada menos que 9.888 candidatos aptos a concorrer uma das 132 vagas para ACS e que terão mais uma semana para estudar. Outros 4,9 mil inscritos foram excluídos da disputa por falta do comprovante de residência exigido pelo edital do concurso, por meio do qual a Prefeitura de Parauapebas irá contratar 347 servidores distribuídos por 11 cargos, com salários que variam de R$ 2,4 mil a cerca de R$ 11 mil, levando-se em consideração as gratificações.
Realizado pela Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), o concurso vai contratar ainda 123 professores dos ciclos iniciais, creche e educação infantil. As outras vagas são para agente de trânsito, agente de combate às endemias, eletricista, fiscal de urbanismo, instrutor de informática e técnicos de laboratório, de radiologia, de edificação e de segurança do trabalho.
Nervosismo, ansiedade e esperança
Como em todo concurso, eram visíveis o nervosismo e a ansiedade de muitos candidatos antes do início das provas. Na disputa pelas vagas de professor, estão Huno Kelvin Machado Cardoso, de Tucuruí, e Leidiane Monteiro de Sales Paixão, do município de Peixe-Boi, no nordeste paraense.
Os dois fazem parte do batalhão de quase 12 mil candidatos que vieram de outras cidades para fazer o concurso da Prefeitura de Parauapebas. Ambos já trabalham como professor e veem no certame uma oportunidade de melhorar o salário e viver num município que se desenvolve rapidamente, atraindo atenção de todo o País.
“A gente está vivendo num contexto em que os concursos estão aí cada vez mais escassos. Aí, vem uma oportunidade de um concurso aqui em Parauapebas, que é um município que todo o Pará conhece por (oferecer) bastante emprego, um município que vem crescendo cada vez mais. Então, é uma oportunidade incrível pra quem busca ser concursado”, disse Huno Kelvin, que confessou estar “mais esperançoso que nervoso”.
Há 12 anos trabalhando como professora em Peixe Boi, Leidiane Paixão considera que não estudou tanto como deveria, mas estava confiante antes das provas. “Estudei. Não tanto quanto gostaria devido aos trabalhos, mas estudei dentro das minhas possibilidades”, disse a candidata, que tem parentes em Parauapebas e espera passar no concurso para morar na capital dos minérios.