Complexo Turístico de Parauapebas integra Área de Proteção Ambiental do Igarapé Ilha do Coco

publicado: 31/01/2023 16h13

Os 150 mil metros quadrados do espaço são compostos de rica fauna e flora, próprios da Região Amazônica.

Inserido na Área de Preservação Ambiental (APA) do Igarapé Ilha do Coco que por sua vez integra a Unidade de Conservação (UC) de Uso Sustentável do município, o Complexo Turístico de Parauapebas concilia a conservação da natureza com o uso sustentável de parte de seus recursos naturais, assim como determinado pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC).

Instituída por meio do decreto municipal nº 1376/2019, a APA do Igarapé Ilha do Coco tem como objetivos proteger o conjunto paisagístico e ecológico da região e promover a proteção e a recuperação dos recursos naturais, além de evitar a ocupação ordenada do solo. A APA também possibilita a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental e de turismo ecológico.

“A importância de uma área de preservação dentro do perímetro urbano é bastante significativa nos aspectos social e ambiental, uma vez que, no passado, essa área sofreu intervenções das ações humanas para a expansão territorial do município”, explica a coordenadora Programa de Educação Ambiental e Sanitária (Peas) do Prosap, Lana Nunes.

Das espécies mais representativas da flora local há o açaí, o espinheiro-preto e o fedegoso. Já no que diz respeito à fauna, a APA do Ilha do Coco possui espécies como a rã-do-mato, a cobra-cega, o lagarto, serpentes e o jacaré-coroa.

Segundo Lana Nunes, um aspecto importante da APA consiste no registro local de espécies migratórias como, por exemplo, o gavião-tesoura, além de abrigar espécies consideradas ameaçadas de extinção, como os quelônios (tartarugas).

Complexo Turístico

Quem visita a área do bosque no Complexo Turístico de Parauapebas, encontra as seguintes espécies frutíferas: mangueira, jaqueira, goiabeira, laranjeira, tangerina ponkan, tamarindo, limão cravo, jabuticaba, pitangueira, carambola, coco da praia, jamelão, cacau nativo, ameixeira, cajá, sete copas e, ainda, o cupuaçuzeiro.

Já em relação às essências florestais, o local abriga o pau-preto, ipê rosa, o paricá, o axixá e também o baobá, este é considerado símbolo de resistência, fertilidade, cura, força e vida e foi doado ao espaço pela Escola Municipal Faruk Salmen.

Colaboração para conservação

Entregue aos moradores pela gestão municipal, por meio do Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap), além de estar inserido em uma área especialmente protegida, o Complexo Turístico possui regras próprias.

Por isso, a coordenadora de Educação Ambiental reforça a importância de todos os visitantes respeitarem as regras. “O Complexo Turístico é rico em biodiversidade e pertence a todos os habitantes do município. Valorizar este espaço é fundamental para a manutenção da qualidade de vida de todos nós”, ressalta Lana.

Ainda de acordo com a coordenadora, pela própria localização da área de proteção (APA), região central de Parauapebas, são comuns às inundações, a contaminação da água, o acesso a trilhas não autorizadas e o descarte irregular de resíduos sólidos e efluentes líquidos. “O maior ponto de pressão é o de descarte de lixo em local inapropriado, fazendo-se necessário muitas campanhas de educação ambiental junto à população no entorno da Unidade de Conservação [UC]”.

Texto: Nara Moura/ Prosap

Fotos: Chico Souza/ Ascom