O Projeto “ Caminhos da Arqueologia na Amazônia – Carajás’’, realizada neste mês de julho com variada programação cultural em Parauapebas, entre elas a criação da galeria de artes à céu aberto. O local escolhido foi na Travessa Cajazeira, bairro Liberdade, onde os alunos que participaram das oficinas colocaram em prática os conhecimentos e técnicas do grafite e muralismo. Os muros das residências já contam com vários pinturas típicas da região.
O projeto tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale via Lei Federal de Incentivo à Cultura, parceria do Museu Paraense Emílio Goeldi e apoio da Prefeitura de Parauapebas, por meio do Museu Hilmar Harry Kluck.
A ideia é despertar a comunidade local e a sociedade em geral para a existência de um valioso patrimônio arqueológico na região de Carajás, e que precisa não somente ser preservado, mas também aproveitando o fomento ao turismo e na geração de renda para a população. “Acreditamos que ao se apropriar do valor simbólico desse patrimônio, e a partir dele conquistar trabalho e renda, a população local se transformará em guardiã permanente desses bens arqueológicos existentes na região de Carajás”, afirma André Monteiro, coordenador geral do projeto
A ideia de criação de galerias de arte à céu aberto é do também artista visual paraense Guataçara Monteiro, que irá coordenar a criação do espaço em Parauapebas. Guataça reside em São Paulo há 20 anos, e já criou outras galerias semelhantes no Nordeste e no Sudeste do Brasil.“ Essa ação é muito importante porque ela tem grafiteiros, mas tem artistas que trabalham com técnicas diferenciadas e o grande objetivo é trazer cor, beleza para a rotina dos moradores, mas também evidenciar o patrimônio histórico, a riqueza arqueológica aqui da região para que as pessoas fiquem cada vez mais familiarizada com esse patrimônio”. Explica Guataça Monteiro, artista visual.
Toda as programações foram realizadas no período de 1 à 7 de julho, na Associação de Desenvolvimento Esportivo Educacional e Cultural de Parauapebas (Asdecap), localizada no bairro liberdade. Milena Fernandes, estudante participou da oficina e achou muito interessante saber um pouco mais dessa riqueza arqueológica do bairro onde mora “Eu estou achando bem interessante fazer parte, porque é algo novo pra mim. Eu nunca tinha participado de oficina de grafite, é bem interessante que a gente já vai chegando fazendo a prática. Estou muito feliz em poder fazer parte dessa nova história aqui do bairro”, reforçou Milena Fernandes, estudante.
A proposta do projeto “ Caminhos da Arqueologia na Amazônia_ Carajás” é demonstrar de maneira didática, como se deu a ocupação no sudeste do Pará, tendo como base as pesquisas arqueológicas na região nos últimos 50 anos.
Texto: Marcelo Duarte
Fotos: Elienai Araújo