Pelo segundo ano, a Expedição Cenários abriu caminhos para coleta de imagens dentro da Floresta Nacional de Carajás. Uma das etapas do projeto ocorreu no fim de semana e reuniu 30 fotógrafos amadores e profissionais. O diferencial dessa edição foi a oportunidade de registros noturnos durante a lua cheia de maio.
Vitor Garcia, coordenador de Uso Público e Proteção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio Carajás), celebra mais essa parceria com a Prefeitura de Parauapebas que juntos vêm contribuindo para que a sociedade conheça um pouco mais sobre a riqueza e a biodiversidade da nossa floresta.
“A floresta ocupa 70% do território do município e é uma satisfação muito grande poder estar realizando um evento desse tipo. São algumas pessoas com visão privilegiada que vão captar a imensurável beleza da nossa floresta de Carajás. Na próxima etapa, a gente vai construir uma exposição itinerante para expor essas fotografias em vários municípios do sudeste paraense, nas escolas, nas universidades, aproveitando o período da Semana do Meio Ambiente”, disse Garcia.
O espeleólogo Rafael Scherer conhece bem a região, mas é a primeira vez que participa do evento como fotógrafo. “Eu vinha sempre a trabalho ainda não tinha desenvolvido essa atividade de fotografia, que é uma das coisas que eu gosto de fazer desde 2004. Eu moro em Marabá e fiquei sabendo do projeto cenários através das redes. Eu não conhecia esse mirante que é belíssimo. Carajás merece esse uso público, já tem tempo que a população de Parauapebas demanda essas atividades aqui e eu acho que essa parceria do ICMBio fomenta as atividades de turismo de base comunitária, junto com a prefeitura, é super importante e dá um outro viés sobre a mineração”, ressalta Scherer.
“A sensação que a gente tem de estar aqui é indescritível. Na cidade você não consegue visualizar um céu totalmente estrelado como esse daqui por conta da iluminação. O barulho em contato com a natureza e o barulho que a gente escuta na cidade nem se compara com a sensação maravilhosa que a gente tem aqui, dos bichos, das aves noturnas, nem como descrever esse momento. Eu me sinto muito gratificada com isso e muito feliz por eu estar contribuindo de alguma forma com a observação da nossa biodiversidade”, conclui Érica Regina, bióloga e operadora em Carajás.
Texto: Andréa Reis
Fotos: Deca Reis e Rayssa Pajeú
Assessoria de Comunicação/PMP