Em maio de 2021, o Ministério da Saúde lançou uma estratégia nacional para reforçar a vigilância e controle da Leishmaniose Visceral (LV). Com o objetivo de conter a disseminação da doença, o programa priorizou municípios com altos índices de infecção, incluindo Parauapebas. A iniciativa central do plano consiste na utilização de coleiras impregnadas com inseticida, direcionadas especificamente para áreas críticas.
Em Parauapebas, o projeto ganhou vida em outubro de 2023, no bairro Betânia. O programa da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) estabeleceu um cronograma detalhado de atividades, com a substituição das coleiras a cada seis meses, ao longo de um período de quatro anos. Iniciado, o primeiro ciclo já apresenta resultados significativos, confirmados em uma recente ação de retorno às residências que estavam fechadas durante as etapas iniciais. No último final de semana, 83 animais foram encoleirados, elevando o total para 795 cães protegidos até o momento.
Para que Parauapebas pudesse participar do projeto, um plano municipal de intensificação para o controle da leishmaniose visceral humana e animal foi meticulosamente elaborado. A proposta, foi aprovada em todas as instâncias do processo.
Marcia Ferro, coordenadora da UVZ, ressalta a importância da abordagem integrada. “O projeto foi desenvolvido em colaboração entre as equipes da UVZ e da Vigilância Ambiental do município. Um estudo epidemiológico e entomológico foi fundamental para determinar a área de atuação, resultando na seleção do bairro Betânia devido aos altos índices e à classificação de alta transmissibilidade, bem como a presença dos vetores”.
A implementação do encoleiramento contou com a formação de três equipes compostas por Agentes de Controle de Endemias (ACEs), incluindo membros da UVZ e Vigilância Ambiental, além de uma equipe de apoio composta por um médico veterinário. Cada equipe tinha como meta encoleirar até 15 animais por dia, enquanto forneciam orientações educativas aos moradores e realizavam testes rápidos de leishmaniose canina.
Para Nilcélia Pantoja, Diretora da Vigilância em Saúde, o uso das coleiras impregnadas com deltametrina se mostra como a melhor estratégia de combate à leishmaniose visceral em Parauapebas. “O sucesso dessa iniciativa reflete o compromisso da administração municipal e das equipes de saúde em enfrentar a leishmaniose visceral, contribuindo para a saúde e bem-estar da população e dos animais”, ressaltou Pantoja.
Com essas ações integradas e o compromisso das autoridades e profissionais de saúde, Parauapebas fortalece sua defesa contra a leishmaniose visceral, garantindo um ambiente mais seguro e saudável para todos os seus habitantes.
Texto: Luciana Queiroz
Foto: Ascom – Semsa
Assessoria de Comunicação – PMP