A escola 18 de Outubro realizou na noite da última sexta-feira, 25, o lançamento do projeto interdisciplinar “Educação do Campo, com o Campo, para o Campo”, para a comunidade do Assentamento Carlos Fonseca, localizado a 15 km de Parauapebas.
O projeto, idealizado pelo professor Ederson Junior Fonseca, busca valorizar os conhecimentos do campo e incentivar o envolvimento da localidade nas questões escolares, promovendo uma representação realista da vida campesina. Em execução há 5 meses, a primeira fase foi concluída e contou com quatro importantes etapas: apresentação do projeto para o corpo docente da escola, análise das imagens de satélite, pesquisa de campo e apresentação do mapa da região à comunidade.
O projeto visa definir o papel da escola do campo na formação dos indivíduos locais, refletindo sobre a importância da educação ruralista e da escola na região, bem como aproximar e estreitar os laços entre escola, família e comunidade.
“Percebemos nas nossas atividades de sala de aula que os nossos alunos têm dificuldade de se reconhecer no espaço e no tempo, e a confecção do mapa da região irá contribuir com essa questão. Ele ficará exposto na escola para que diariamente os alunos consigam determinar onde estão, onde moram, e identifiquem os espaços das intermediações da escola, além de ajudar a criar identidade e a perceber a riqueza e os saberes que existem no campo”, afirma Ederson Junior.
O lançamento do projeto contou com a presença de autoridades municipais e representantes da Secretaria Municipal de Educação (Semed). O gestor do Setor de Educação do Campo, Walberon Ferreira Araújo, destacou a importância do projeto: “Este projeto é um marco para a educação do Campo de Parauapebas. Ele dialoga com a realidade campesina, porque propõe que os alunos possam conhecer de fato aonde estão inseridos”, explica.
A diretora técnica pedagógica da Semed, Larissa Menchik, e o secretário de Educação, José Leal Nunes, parabenizaram a escola pela iniciativa e ressaltaram a importância do desenvolvimento de atividades que busquem fortalecer a cultura da metodologia de projetos.
“Este tipo de atividade aumenta o senso de pertencimento e o protagonismo do aluno; cria um ambiente escolar acolhedor, proporciona experiências diferenciadas e significativas, que contribuem para o desenvolvimento do estudante. Que esta iniciativa sirva de inspiração e que mais escolas municipais busquem utilizar metodologias semelhantes”, destaca o secretário de Educação.
Para Thalisson Freitas Macedo, aluno do 9º ano, foi uma satisfação participar da pesquisa de campo. “É muito bom conhecer melhor o local onde a gente mora e aprender também sobre ele. Foram momentos de diversão e aprendizagem. Nós fomos em todas as vicinais e passamos pela casa de todos os nossos colegas. Eu pude saber mais sobre a região e realidade de cada um deles”, destaca o estudante.
Com a primeira fase concluída, os professores irão trabalhar o projeto dentro de suas disciplinas. “Posterior a essa fase, nós pretendemos desenvolver atividades interdisciplinares para, de fato, alcançar cada estudante. Os professores irão desenvolver seu plano de ensino dentro da sua disciplina de atuação”, informa o professor Ederson Junior Fonseca.
Texto: Messania Cardoso
Fotos: Lucas Santos
Assessoria de Comunicação | PMP