O secretário municipal de Desenvolvimento, João Fontana, destaca que o município vem buscando novas matrizes econômicas pós-ciclo de mineração. “A biotecnologia é uma saída que nós temos para nossa cidade em função de todos os recursos naturais. Nós temos uma amplitude de recursos que podem ser produzidos como biojoias e semijoias, e a gente pode explorar isso tudo dentro da floresta de forma sustentável, gerando mais empregos e atraindo novos empreendedores pra essas atividades”, destaca Fontana.
“Um dos meus compromissos é transformar conhecimento em coisas boas, em bens e serviços que auxiliem na construção de vidas melhores para todos nós. Percebemos que aqui em Parauapebas, a Floresta Nacional de Carajás, o Parque Nacional Campos Ferruginosos, a reserva indígena e a reserva biológica formam um grande mosaico que pode ser a nossa sobrevivência no pós-mineração. A floresta tem um potencial extraordinário para o turismo, mas também para fazer negócios através da bioeconomia”, ressalta Darci Lermen, prefeito de Parauapebas.
Durante o evento, que reuniu alunos de Bioecomonia da Universidade Federal da Amazônia (Ufra), especialistas e autoridades, foi assinada a Carta de Intenção entre a Prefeitura de Parauapebas e a empresa BioTec Amazônia e o lançamento dos Selos ‘‘Green Gold’’ e ‘‘Joia Sustentável da Amazônia’’.
Max Alves, diretor de Desenvolvimento Econômico da Secretaria Municipal de Desenvolvimento (Seden), esclarece que o “Selo Green Gold ou o chamado Ouro Verde tem como objetivo garantir a origem e a rastreabilidade do ouro, e vai contribuir com centenas de garimpos legalizados na região do Pará. “É um certificado que comprova que ouro é sustentável, que não há exploração de mão de obra escrava e que possui todos os requisitos necessários para exportar essa matéria-prima”, explica Max.
O Prof. Dr. Seixas Lourenço, CEO da BioTec Amazônia, falou sobre a atuação da associação. “Nós atuamos no estado do Pará com uma associação desde 2017, e tem sido uma experiência muito interessante como organização social, qualificada pelo governo do estado, para fazer a gestão de políticas públicas, pesquisa e desenvolvimento das cadeias produtivas na Amazônia. E em boa hora, graças a um trabalho articulado com a Seden, nós avançamos no sentido de estabelecer uma base física permanente aqui em Parauapebas para trabalharmos com todas as cadeias econômicas relevantes para a região de Carajás”, diz Seixas Lourenço.
Atentos às possibilidades de elaboração de projetos e geração de renda, alunos do curso de Bioeconomia da Universidade Federal da Amazônia, participaram ativamente da programação.
Gabriel Hermes Vidal, aluno da Ufra destaca: “A riqueza de Parauapebas faz com que nós sejamos beneficiados. Eu acredito que, com essa nova perspectiva, agora e para nosso futuro, a gente pode desenvolver pesquisas e ajudar o município com isso”, celebra.
O evento também contou com exposição e venda de esculturas de pedra, biojoias, mel e outras delícias, como o pudim de açaí.
Você sabe o que é a bioeconomia?
É um conceito que se baseia na utilização sustentável de recursos biológicos renováveis para a produção de alimentos, energia, produtos químicos e materiais, visando criar uma economia mais eficiente e amiga do ambiente.
Texto: Andréa Reis
Fotos: Orion Rodrigues e Jhonathan Felipe
Assessoria de Comunicação/PMP