A cada nova descoberta, um brilho a mais no olhar enquanto as mãos não param para transformar em peças de biojoias as ideias que vão surgindo com os ensinamentos transmitidos pela consultora Nilma Arraes, do Sebrae de Belém, que desde a semana passada está em Parauapebas ensinando técnicas de desenvolvimento de coleção de biojoias para as artesãs em workshop oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento (Seden).
“Eu estou aprendendo a desenvolver sobre o desenho porque até então eu não sabia que poderia fazer uma peça baseada nas águas. Então, pra mim é uma novidade muito grande”, diz a artesã Dalcina Pereira da Silva, ao mostrar o belíssimo colar que confeccionou e explicar, orgulhosamente, o significado da peça: “Isso aqui remete às ondas, à água da natureza, e essas sementezinhas aqui são como a gota da água”.
E “água” é um dos elementos escolhidos pelas próprias artesãs para o aprendizado de novas técnicas juntamente com outros dois reinos da natureza: vegetal e mineral, que servirão de inspiração para a primeira coleção de biojoias de Parauapebas, com data de lançamento ainda a ser definida e que irá mostrar peças sofisticadas e peculiares.
“Essa professora de design veio aqui para melhorar o nosso conhecimento. Isso é muito bom pra nós. A gente tem uma riqueza muito grande aqui na nossa região, tanto florestal, quanto mineral, quanto de animais, então a gente está fazendo um resgate de tudo isso pra fazer um lançamento maravilhoso”, adiantou Maria Saraiva, professora de biojoias.
Com o workshop, as artesãs também vêm aprendendo sobre as tendências de moda no ramo das biojoias, comportamento do consumidor, como dividir uma coleção – peças conceituais e de vanguarda – e quais temas precisam ser usados para a produção das peças.
O workshop vai até o dia 23 deste mês, mas antes disso a consultora Nilma já manifesta surpresa com o potencial de aprendizado e de criatividade das artesãs de biojoias. “Potencial elas têm muito mesmo, inclusive eu estou surpresa porque a técnica que eu passei pra elas é uma técnica mesmo avançada, que a gente vê na nossa faculdade”, destacou ela, que há mais de 20 anos trabalha na área.
Onde comprar biojoias
No dia 8 deste mês, as artesãs de biojoias receberam da prefeitura um quiosque para vendas das peças. Fica ao lado da portaria da Floresta Nacional de Carajás – ou portaria da Vale.
Mas as peças também estão à venda no próprio lugar de trabalho das artesãs: um galpão localizado na rua P, nº 84, bairro União, entre as ruas 14 e 16.
Texto: Hanny Amoras
Fotos: Elienai Araújo