A união faz a força. O ditado popular é manjado, mas é o que melhor reflete a disposição de pequenas e microempreendedoras de bairros periféricos de Parauapebas em avançar nos negócios, reunindo-se em um só lugar.
Para isso, a prefeitura tem aberto espaços para que elas façam suas vendas. Primeiro, para brechós, que deram tão certo que chegou a vez da I Feira da Mulher Empreendedora de Parauapebas, iniciada nesta sexta-feira, 2, e que segue até amanhã, dia 3, sempre ao longo do dia.
De iniciativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento (Seden), a feira reúne cerca de 50 pequenas e microempreendedoras no Centro de Desenvolvimento Cultural (CDC), a grande maioria de bairros periféricos do município, que não escondem a animação com a oportunidade dada a elas.
Esbanjando simpatia, a vendedora de tupperware Leonete Gomes já comemorava nas primeiras horas da feira. “Já fiz venda hoje. Pra mim, está sendo um prazer participar dessa feira”, garantiu ela. “Tudo aqui está lindo e maravilhoso. E quero agradecer à organização por essa oportunidade única pra nós: divulgar nossos produtos e nosso trabalho”.
Entre os produtos à venda, cosméticos, utensílios domésticos, artesanato, semijoias, sapatos e, principalmente, roupa, tanto nova quanto usada. E tudo a preços atraentes para os consumidores. “Esse movimento de feira aqui, no centro da cidade, é importante para que os consumidores tenham acesso à mercadoria delas de forma mais fácil e para que elas tenham um retorno maior”, frisou a coordenadora de Empreendedorismo Feminino da Seden, Lídia Abreu.
Expectativa de vendas
Em maio deste ano, na Ciranda dos Brechós também realizado pela Seden, as 43 mulheres participantes ultrapassaram R$ 100 mil em dois dias de vendas. Com o início da Feira Agropecuária de Parauapebas (FAP), elas esperam novamente alcançar ou até mesmo superar esse valor.
O secretário municipal de Desenvolvimento, João Fontana, prestigiou o primeiro dia da feira ao lado do vereador Josivaldo da Farmácia. E ressaltou que esse incentivo dado pela Seden às pequenas e microempreendedoras mostra à população o valor do trabalho de um grupo, que luta muito para se manter no mercado.
“Com a feira, nós temos oportunidade de fazer com que os pequenos possam ter esse destaque também diante de todo o mercado porque, todos sabem, é difícil competir com os grandes. Então, dessa forma como elas estão unidas aqui fica mais fácil de divulgar, de vender e de colocar no mercado os produtos que elas têm”, disse João Fontana.
Vem pra feira das empreendedoras!
Moradora do Nova Vida I e dona da loja Fran Modas, Francisca Castelo Branco vive a primeira experiência de negociar em feira. “Estou gostando, viu?!”, afirmou ela. “Eu acho bom demais para as pessoas que têm pequeno negócio. Tudo faz a gente crescer na vida porque a gente precisa de um espaço também. Muitas vezes, a gente precisa estar num movimento como está hoje nessa feira de mulheres do empreendedorismo. E aí faz a gente crescer mais ainda, ser poderosa, né?”, sorriu Francisca.
Rapidamente, sem perder a chance, ela aproveitou para convidar: “Venha comprar que aqui tem muita roupa, muita novidade”.