Ler o mundo a partir da infância camponesa e sua identidade foi um dos objetivos da Mostra de Educação Infantil do Campo, que aconteceu nos dias 26 e 27 de agosto, na escola Maria Salete, localizada na Palmares 2. Na ocasião, cerca de 120 educadores de 10 escolas da zona rural estiveram reunidos em uma formação diferenciada que acordou o tema: “Infância Camponesa: Concepção, Direitos e Desafios”.
O evento, além de ser um momento de estudo, foi um espaço para reflexão, arte, cultura e exposição de práticas exitosas.
“Esse é um momento festivo, um momento específico para pararmos e refletirmos sobre essa criança que tem outra identidade e outra forma de se relacionar com a natureza. A educação no campo tem crescido muito recentemente e isso significa que temos uma crescente oferta e um compromisso do governo com essas crianças. A Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), tem investido e esse é um pontapé inicial para outros momentos formativos.”, relata o coordenador do setor de Educação do Campo, Eduardo Salazar.
“Eu tenho certeza de que esse é um momento muito importante. Além de ser a primeira mostra cultural da infância camponesa, ele também é um momento de formação, interação e troca de experiência. Isso enriquece a educação”, frisa o secretário de Educação José Leal, ressaltando que investir em capacitação dos educadores é um dos seus principais compromissos e que isso gera um bom resultado para os alunos.
Para a Doutora Celi da Silva Bahia, palestrante do encontro, é necessário investir em formação para que os educadores saibam como trazer essas experiências das crianças para o espaço da educação infantil no campo. “O caminho é formação continuada. As crianças que estão chegando no mundo têm direito à educação e é necessário ter um trabalho pedagógico para que possam ter acesso à educação com professores bem formados”, explica a palestrante.
Celi ressalta também que as crianças não são iguais e a pedagogia para elas tem que respeitar essas diferenças. “Elas têm histórias. Elas têm experiências. É preciso trazer a vida das crianças para o espaço de educação infantil. Isso é condição para elas se constituírem como pessoas e indivíduos. A criança precisa se ver naquilo que ela vivencia no espaço da escola”, explica.
Atuando há mais de 13 anos na educação do campo, a professora Creuza de Oliveira Nunes, conta que ansiava por esse momento. “A nossa realidade é bem atípica e estamos nos esforçando para que a educação infantil do campo tenha qualidade. Este encontro é grandioso e especial para nós, pois percebemos que o município está nos valorizando”, declara a educadora.
Texto: Sandra Bispo / Semed-PMP
Fotos: Lucas Santos / Semed-PMP
Assessoria de Comunicação – PMP