Durante cinco dias, representantes de 20 entidades do terceiro setor de Parauapebas, as chamadas organizações não governamentais (ONGs), se debruçaram sobre assuntos técnicos, para aprender como se formalizar e, a partir daí, elaborar e conduzir projetos para sua área de atuação.
Oferecido pela prefeitura, numa iniciativa do Departamento de Relações com a Comunidade (DRC), o curso teve como tema “associativismo e cooperativismo”, detalhado pelo instrutor José Guimarães, o Netinho, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), parceiro do governo municipal.
O curso, explicou o instrutor, mostrou às entidades a importância de se organizarem como pessoas físicas (CNPJs), associações, cooperativas e institutos, o que abre um leque de opções para o desenvolvimento de programas, ações e projetos voltados ao bem-estar social e para a geração de emprego e renda a partir da realização de parcerias com a iniciativa pública e privada.
“O município tem suas prerrogativas e o seu modo de operar com a comunidade. As associações, as cooperativas e os institutos eles estão mais próximos das pessoas, mais próximos do problema e fazem essa intermediação entre os governos municipal, estadual e federal, facilitando a administração pública a aplicar políticas públicas de desenvolvimento da sociedade”, disse Netinho.
Com o curso, o DRC espera impulsionar a atuação das ONGs junto às comunidades, conforme frisou a assessora jurídica do departamento, Ana Cláudia Gomes de Souza: “A maioria das nossas organizações do terceiro setor tem ideias muito boas, tem ali como desenvolver, já sabe o seu público alvo, a comunidade local onde vai ser aplicado, mas elas ficam presas a questões técnicas: numa elaboração do projeto, como pleitear um recurso – seja por emenda parlamentar ou parceria com uma empresa privada. Então, essa parte técnica o DRC está trabalhando, capacitando pra que essas organizações saibam se desenvolver”.
Resultados positivos e certificação
“O curso foi algo muito, muito produtivo. Eu gostei muito, amei o curso até porque a gente adquire conhecimentos novos porque a gente, às vezes, não tem nem noção do que está fazendo. Aí, a gente encontrou caminhos pra desenvolver projetos e tudo que diz respeito às instituições não governamentais”, reconheceu Josi Leal, representante do Instituto Sorrir e da classe artística de Parauapebas.
Juntamente com Josi, todos os demais participantes do curso receberam certificado do DRC e Senar. O coordenador do Departamento de Relações com a Comunidade, Andrew Silva, observou que o terceiro setor tem se expandido bastante em Parauapebas. Isso não tem passado despercebido pelo DRC, que em 2021 reuniu mais de 180 entidades numa conferência.
Para este ano, ainda neste semestre, Andrew informou que haverá feira, simpósio, baile e um grande encontro de ONGs de Parauapebas “porque vemos a necessidade de conhecimento e de ampliar a parceria com elas pra que esse trabalho seja mais efetivo dentro das comunidades”, assinalou o coordenador do DRC.