Campanha liderada pela Semmu ganha força com envolvimento da Saúde, que também realizou oficinas para humanizar o nascimento dos bebês. Neste ano, já houve mais de quatro mil partos em Parauapebas
Oficinas, bate-papo, troca de experiência e oficinas. Foram essas ações que a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) já realizou como parte da programação dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim Violência contra a Mulher. Nos dias 21 e 23 deste mês, foi a vez da Coordenação da Rede Cegonha realizar o I Workshop de Atenção à Gestante com o tema “Protagonismo da Mulher: da gestação ao nascimento.
A campanha 16 Dias de Ativismo é liderada pela Secretaria da Mulher (Semmu) e tem o apoio não apenas da Semsa, mas também das secretarias municipais de Assistência Social (Semas), Cultura (Secult), Segurança Institucional e Defesa do Cidadão (Semsi), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), do Instituto Federal do Pará (IFPA) e da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).
No workshop, realizado na Câmara Municipal, a secretária municipal da Mulher, Ângela Silva, falou sobre a importância de a mulher sempre ser bem informada sobre o parto, para que este seja cada vez mais saudável e seguro. “Essa fase de gestação ao nascimento de um bebê é uma das fases mais significativas e importantes na vida de qualquer mulher”, observou a gestora.
De janeiro a novembro deste ano, a rede municipal de Saúde de Parauapebas realizou mais de quatro mil partos, segundo a coordenadora da Rede Cegonha, Cleice Reis. Daí, ela considerar importante o workshop para melhorar o atendimento às gestantes. “Uma vez que aprimoraremos atendimentos das gestantes, através das equipes de saúde, esclarecendo sobre violência obstétrica com o foco na humanização do parto”, ressaltou Cleice Reis.
OFICINAS
Como parte integrante dos 16 Dias de Ativismo, entre os dias 22 e 23 deste mês foram realizadas diversas oficinas no Hospital de Parauapebas (HGP,) no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e em Unidade Básica de Saúde (UBS), destinadas aos médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem da rede municipal de saúde.
Os principais tópicos abordados durante as oficinas foram parto humanizado e medidas não farmacológicas para alívio da dor; hemorragia pós-parto; métodos de identificação de sinais de alerta precoce e impacto nos resultados (Meows); orientações profissionais sobre a condução dos grupos de gestantes na atenção; fundamentos para práticas humanizadas e estratégias de alimentação e amamentação.
“As oficinas vão contribuir para a melhora da prestação da assistência obstétrica ao parto. Estamos trazendo informações mais atualizadas, baseadas em evidências científicas, e no que também é preconizado pelo Ministério da Saúde”, explicou a enfermeira Michele Pinho.
As técnicas modernas são bem-vindas, mas para a enfermeira Caroline Farias é preciso respeitar a liberdade e a decisão da mulher na hora do parto, para que ela se sinta segura. E tem mulher que prefere tudo, digamos, à moda antiga. “Não são bens técnicas de parto, são técnicas que a gente utiliza durante o trabalho de parto como exercícios da mulher andar sozinha, e não estar presa numa cama”, pontuou Caroline Farias.
A enfermeira arrematou: “Esses métodos são utilizados há milhares de anos, e trazemos essa reformulação, deixando pra trás as intervenções médicas. Atualmente, trabalhamos com uma didática mais natural como banhos, chás, exercícios, massagens e velas”.
- Texto: Janaina Ravanelli | Semsa
- Fotos: Gilberlan Atrox
- Assessoria de Comunicação – Ascom | PMP
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