A chuva que caiu na manhã de sábado, 28, não desanimou os voluntários, funcionários públicos municipais, secretários de governo e vereadores que compareceram em massa para limpar a extensa área do Projeto Pipa – Parque Integrado de Inclusão Social de Parauapebas. Cerca de 1,2 mil pessoas pegaram no pesado, para mudar o cenário de abandono do local, que a prefeitura pretende novamente transformar em motivo de orgulho da população.
Aos 61 anos de idade, a aposentada Gisélia Barbosa Santos, moradora do bairro Tropical I, fez questão de participar do mutirão. Ela conta que ficou triste ao chegar no local e observar o abandono. Mas logo se animou com a retomada do projeto, no qual pretende inserir filhos e netos.
O prefeito Darci Lermen chegou cedo para participar do mutirão, programado há duas semanas. Com uma roçadeira nas mãos, ele lembrou os tempos de produtor rural. Para o prefeito, o Pipa é um dos projetos sociais mais importantes da região de Carajás por impedir que crianças e adolescentes, em situação de vulnerabilidade social, caiam na marginalidade.
O Projeto Pipa é detentor de várias conquistas e homenagens nacionais e internacionais e já formou campeões mundiais de caratê. Incompreensível para todo mundo, especialmente para as famílias carentes, que tenha sido relegado ao abandono. Compreensível, portanto, que tanta gente tenha participado do mutirão de limpeza, para ajudar a resgatar o projeto.
“Estamos orgulhosos com a força de vontade de trabalho desse pessoal, que saiu de suas casas em pleno sábado para participar do mutirão. O pontapé inicial foi dado, e o próximo passo será o processo de reforma e ampliação da estrutura do prédio do Pipa, principalmente das salas onde serão ministradas as oficinas para as crianças e adolescentes que serão beneficiadas pelo projeto”, anunciou Darci Lermen, que não escondia a alegria com o voluntariado.
Quando funcionava, o Pipa atendia 759 crianças e adolescentes, com idade entre 5 e 17 anos. Com a reativação, não será possível atender a esse universo de pessoas. Inicialmente, cerca de 300 meninos e meninas serão beneficiados. Mas esse número é só até o projeto ser totalmente reestruturado, para depois ser ampliado a fim de contemplar um número maior de crianças.
Segundo o secretário municipal de Assistência Social, Jorge Guerreiro, o Pipa vai contar com pelo menos 15 oficinas de profissionalização, como corte e costura, artesanato, teatro, dança, música, e ainda vai oferecer atividades esportivas, como xadrez, caratê, futebol, voleibol e handebol.
Rodrigo Leal, coordenador do Pipa, prevê que até o final de março o projeto entrará em atividade. Para isso, diz ele, muitas coisas serão reutilizadas como máquinas de costura industriais, instrumentos musicais, móveis e utensílios.
O calendário de cadastramento das famílias carentes que terão seus filhos inseridos no projeto será divulgado em breve pela Semas. O secretário Jorge Guerreiro diz que crianças e adolescentes, que já faziam parte do Pipa, terão prioridade.
Antônio Marcos
Assessoria de Comunicação | PMP
Fotos: Matheus Costa – Ascom | PMP
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