PREFEITURA TIRA DÚVIDAS DAS FAMÍLIAS ATINGIDAS PELA MACRODRENAGEM

publicado: 30/11/2017 18h54

 

E avisa: todos os cuidados já foram tomados contra pessoas que se aproveitam da situação para fazer especulação imobiliária

Até a próxima semana, quatro audiências públicas terão sido realizadas pela Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan), com as famílias que serão atingidas pelo Projeto de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap) ou simplesmente Projeto de Macrodrenagem.

São reuniões para informar sobre o projeto e tirar toda e qualquer dúvida dos moradores, pois muitos se perguntam como serão reassentados, como será a nova moradia e como será a indenização para quem optar em receber dinheiro. Há ainda aqueles que acreditam que não precisarão mudar de residência.

As audiências começaram na terça-feira, 28, na Escola Chico Mendes, com cerca de 200 famílias dos bairros União, Cidade Nova, Riacho Doce, Primavera e Chácaras. Na quarta-feira, 29, foi na Escola Carlos Drummond de Andrade, no bairro Rio Verde, e nesta quinta-feira, 29, na Escola Faruk Salmen.

Na próxima quarta-feira, 6 de dezembro, em local ainda a ser definido, a reunião será na área das Palafitas, para a qual será dada atenção especial diante da situação insalubre em que vivem os moradores dali. No total, cerca de 600 famílias serão diretamente atingidas pela macrodrenagem, cuja execução está prevista para começar no primeiro semestre de 2018.

O projeto está no Plano Plurianual (PPA) de Parauapebas, para o quadriênio 2018/2021, e já tem previsão orçamentária para sair do papel no ano que vem, conforme observou Cleverland Araújo, coordenador de Projeto Especial de Captação de Recursos.

Nas audiências, um questionário está sendo entregue aos moradores, para que eles respondam sobre suas expectativas e anseios. “Vocês precisam ser ouvidos porque a primeira dúvida de vocês deve ser: ‘o que vocês vão fazer comigo’. E queremos que vocês saiam daqui tendo conhecimento do projeto e com as dúvidas esclarecidas”, disse Suely Sawik, consultora na área social da prefeitura junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que irá financiar US$ 70 milhões para as obras. A contrapartida da prefeitura é de US$ 17,5 milhões.

O Prosap está previsto para ser executado em seis anos. A macrodrenagem irá cortar praticamente toda a cidade, com 9.483 metros de extensão, passando pela Ilha do Coco e pelos igarapés Guanabara e Chácara das Estrelas. “A macrodrenagem vai mexer na estrutura física da cidade. Parauapebas vai mudar de cara e vamos ter uma cidade bem melhor, com maior qualidade de vida”, frisou o secretário de Planejamento, João Corrêa.

ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA

Com a divulgação das áreas afetadas pela macrodrenagem, algumas pessoas estão partindo para cima dos moradores, para comprar o imóvel e, depois, pedir indenização da prefeitura. Mas tanto o secretário de Planejamento quanto o coordenador do Prosap, Daniel Benguigi, asseguram: todos os cuidados foram tomados pelo governo contra a especulação imobiliária.

Todas as famílias já foram cadastradas e as casas, seladas. E mai: os nomes dos moradores serão publicados nos diários oficiais do Estado (DOE) e da União (DOU) e em jornal de grande circulação. “Isso se chama congelamento”, explica Daniel Benguigi.

Com essas medidas, frisa o coordenador, imóvel sem morador cadastrado e novas construções “não serão considerados para indenização”.

Texto: Hanny Amoras
Fotos: Piedade Ferreira
Assessoria de Comunicação – Ascom | PMP

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