Foi com treinamento de rapel, na Cachoeira de Águas Claras, que no último sábado, 11, foi encerrado o curso de “Condutores de Trilhas e Caminhadas” na Floresta Nacional de Carajás (Flonac), numa promoção da Prefeitura de Parauapebas, por meio do Departamento de Turismo (Detur), em parceria com a Secretaria de Estado de Turismo (Setur), Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Vale do Rio Doce, Corpo de Bombeiros e outras instituições.
O acesso até a cachoeira garantiu muita aventura e observações pela Trilha Timborana. O retorno até à base de Águas Claras foi com os alunos contemplando as belezas naturais oferecidas pela Trilha Peito de Aço.
O módulo teórico do curso ocorreu entre os dias 6 e 10 deste mês, no alojamento do Projeto Igarapé Bahia, onde os alunos tiveram aulas sobre cooperativismo, noções básicas de turismo, patrimônio histórico, fauna de Carajás, unidades de conservação e Uso Público em áreas protegidas, oratória e ecoturismo.
Na parte de campo, eles receberam treinamentos de resistência, condução e orientações relevantes para sobrevivência em área de selva, como aprender a fazer nós e amarrações, tratamento de água, localizar pontos com bússola, lidar com animais peçonhentos, disciplina e organização de equipes.
DEPOIMENTOS
Os alunos se mostraram satisfeitos com a oportunidade. “Tudo que está sendo feito valoriza a gente que está se profissionalizando. Vamos ter uma profissão e isso se torna ainda mais agradável pelo empenho”, disse o engenheiro agrônomo Francisco Ribeiro, que também participou do curso de “Qualidade de Atendimento ao Turismo”, realizado em setembro.
“Minha expectativa era outra, mas quando cheguei superou. Foi uma experiência única. Sou grata por essa oportunidade. Foi muito bom”, afirmou Alane Oliveira, aluna do Projeto Jovem Ambientalista (PJA). “Esse momento foi único. Graças a Deus, os conhecimento adquiridos aqui vamos levar pra lá [Cedere 1]. Foi muito produtivo”, considerou Elisama da Paixão.
“Esse curso é de suma importância para os novos condutores. Sem esse conhecimento, eles não teriam condições de adentrar nas unidades de conservação. A prefeitura mais uma vez vem trazendo excelentes resultados para a evolução do município”, destacou a analista ambiental e coordenadora do Programa de Uso Público em áreas protegidas/ICMBio, Nívia Silva.
A turismóloga Adriana Vilhena, que representou a Setur, elogiou: “Foram poucas as vezes que vimos uma iniciativa como essa, tão bonita. Esse empenho a gente vê em poucas pessoas e isso é pra quem tem coragem. Se estamos aqui, é porque unilateralmente temos que reconhecer o esforço do Detur e da prefeitura, de outra maneira não teríamos esse momento”.
Para o chefe da Flonac, Marcel Regis, o curso também mostra que essa região tem um potencial turístico muito grande, que vai além do que hoje está mapeado. Segundo ele, a Floresta de Carajás está mostrando para todo o País que existe ecoturismo e recursos naturais relevantes em Parauapebas, o que torna possível a participação do município na categoria B do mapa turístico no Brasil.
“É por isso que a prefeitura, o ICMBio e as instituições parceiras uniram forças pra mostrar que essa região pode sim ter uso sustentável correto e que não deve ficar na dependência de apenas um tipo de exploração econômica como tem hoje”, frisou Marcel Regis.
De acordo com o coordenador do Departamento de Turismo de Parauapebas (Detur), Marcos Alexandre Santos, o curso foi uma forma de suprir o déficit de condutores na Flonac. “Houve um crescimento no número de turistas em 2017, e desde o início do ano o prefeito Darci tem incentivado essa matriz econômica, que beneficia o trade turístico municipal e as comunidades dos entornos de Parauapebas. Essa é uma matriz que movimenta tanto o setor hoteleiro, de bares e restaurantes, como outros setores”.
PARCERIA
Também foram parceiros da prefeitura para realização do curso o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), MC Lobato, Cooperativa de Trabalho em Ecoturismo de Carajás (Cooperture Carajás), Mulheres de Barro, Centro de Educação Ambiental de Parauapebas (Ceap), Sete Soluções e Tecnologia Ambiental e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop-PA).
Texto: Rayssa Pajeú
Fotos: Bruno Cecim
Assessoria de Comunicação – Ascom | PMP
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