Profissionais de saúde de Parauapebas e região tiveram a oportunidade de trocar mais experiências e conhecer um pouco mais sobre a Política Nacional de Humanização (PNH) do SUS durante um seminário sobre o tema realizado nesta quarta-feira (01), no auditório do Ceup. O evento contou com a presença de representantes do Ministério da Saúde (MS) e da Secretaria de Saúde do Estado (Sespa).
O seminário marcou o encerramento de um ciclo de seis encontros em que foram discutidas propostas de melhorias para o atendimento humanizado na rede pública regional. “Este seminário é um marco na caminhada que temos feito aqui na região sul e sudeste do Pará, com a implantação da PNH”, destacou Wagner Caldeiras, formador e apoiador na região de Carajás do Humaniza SUS, como também é conhecida da PNH.
“Neste momento Parauapebas é um polo de saúde estratégico no Estado e vem demonstrando uma identificação muito forte com a PNH”, frisou Luiz Guilherme Martins, coordenador estadual de humanização, acrescentando que é necessário abraçar a causa da saúde e sensibilizar todos no sentido de compreender a necessidade de se comprometer com as melhorias do atendimento.
O titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Juranduy Soares Granjeiro, destacou a importância da humanização no atendimento aos usuários, “precisamos transmitir mais amor, mais carinho, fazer a diferença no atendimento e na vida das pessoas. E a PNH é um dos instrumentos para alcançarmos esse objetivo. Nosso município tem um demanda crescente enorme, por isso o desafio de realizar um atendimento de qualidade é grande, mas, vamos buscar alternativas para alcançar o que idealiza o SUS sobre um atendimento cada vez mais humanizado”.
De acordo com Agenilma Gomes, referência técnica do Humaniza SUS em Parauapebas, o seminário foi “um disparador de ações e uma forma de criar alianças, de chamar a atenção para o fortalecimento do trabalho em Redes de Saúde”.
As ações que serão encaminhadas no município a partir de agora são: formação do colegiado municipal de humanização; retomada dos grupos de trabalho sobre o tema nas unidades de saúde, que identificará as diretrizes a serem desenvolvidas em cada local, como por exemplo, acolhimento com classificação de risco, valorização do trabalho e do trabalhador, entre outros; desenvolvimento de formação continuada sobre a PNH e outras temáticas pertinentes e necessárias com os trabalhadores do município.
Sobre a PNH
A Política Nacional de Humanização (PNH), criada pelo Ministério da Saúde em 2003, busca pôr em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar. A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários para construir processos coletivos de enfrentamento de relações de poder, trabalho e afeto que muitas vezes produzem atitudes e práticas desumanizadoras que inibem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si.
Vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, a PNH conta com equipes regionais de apoiadores que se articulam às secretarias estaduais e municipais de saúde. A partir desta articulação se constroem, de forma compartilhada, planos de ação para promover e disseminar inovações nos modos de fazer saúde.
A partir da análise dos problemas e dificuldades em cada serviço de saúde e tomando por referência experiências bem-sucedidas de humanização, a PNH tem sido experimentada em todo o País. Existe um SUS que dá certo, e dele partem as orientações da Política Nacional de Humanização, traduzidas em seu método, princípios, diretrizes e dispositivos.
Karine Gomes
Assessoria de Comunicação | PMP
Foto: Karine Gomes | Ascom