Conceituada como uma doença silenciosa e pouco conhecida da população, a doença renal crônica pode atingir pessoas de qualquer idade. A campanha do Dia Mundial do Rim, realizada em Parauapebas desde último dia 7 de março, levou informações importantes, de como prevenir a doença ou ter um diagnóstico precoce aos mais variados públicos.
No último sábado (12), a ação aconteceu no Centro de Abastecimento de Parauapebas (Cap), onde centenas de pessoas, entre produtores rurais e consumidores do local, tiraram suas dúvidas e foram encaminhadas para fazer o exame para avaliação do funcionamento dos rins (creatinina). Pessoas como a produtora rural, Cristiane da Silva, 45 anos, moradora da comunidade Rio Branco.
“É a primeira vez que recebo orientação em relação ao meu rim. Achei muito bom esse serviço aqui no Cap, porque muitas vezes não temos tempo de ir até a unidade de saúde”, disse a produtora rural. Quem também recebeu o atendimento foi o consumidor do Cap, José Nelson Sousa, 51 anos. “Estou com pressão alta e dores de cabeça, vou receber as orientações e aproveitar para verificar os problemas de rins e fazer os exames”, contou.
A iniciativa também aconteceu no Partage Shopping, alcançando trabalhadores e visitantes do local. O operador de guindaste, Márcio Pereira, 36 anos, contou que teve problemas renais e quando viu a campanha achou ótimo, devido não ter tempo para consultar na unidade de saúde. “Muito interessante essa ação. Já tive problema de calculo renal e hoje recebi várias orientações que precisava para o meu problema. Agora vou realizar os exames necessários”, afirmou Márcio.
Com 31 anos, o eletricista Eduardo Carvalho, conta que a ação pegou de surpresa, mas de forma positiva. “Essa doença é desconhecida e muita gente não tem acesso a esse tipo de atendimento, com apoio do especialista. Em uma consulta rápida tive muitos esclarecimentos”, destacou o eletricista.
De acordo com a médica nefrologista da rede municipal de saúde, Verônica Costa, a campanha atingiu um público muito maior do que o previsto pela equipe do Núcleo de Educação Permanente da Secretaria Municipal de Saúde.
“Alcançamos nosso objetivo que era atingir o público que não vai à unidade de saúde, aquele que se considera saudável e ainda jovens e crianças. Registramos todas as pessoas que passaram com a equipe nesse período da campanha e após os exames será possível condensar o número de pessoas com anormalidade e ainda teremos como fazer uma estimativa de pessoas portadora da doença renal fora da diálise’, ressaltou a médica.
O risco de doença renal crônica, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia deve ser avaliado por meio de oito perguntas. Você tem pressão alta? Você sofre de diabetes? Há pessoas com doença renal crônica na família? Você está acima do peso ideal? Você fuma? Você tem mais de 50 anos? Você tem problema no coração ou nos vasos das pernas (doença cardiovascular)? Se uma das respostas for sim, a orientação é procurar um médico.
Liliane Diniz
Assessoria de Comunicação | PMP
Foto: Ascom | PMP