Ideia é quebrar o velho preconceito contra o toque do urologista e salvar vidas
Dez segundos. É o tempo que o médico urologista leva para fazer o exame de próstata. Dez segundos. É o tempo que o homem precisa para evitar uma doença que só não mata mais do que o câncer de pele. Porém, o conhecido e até temido “toque” afasta muitos homens das consultas, na grande maioria das vezes por puro preconceito.
A Campanha Novembro Azul deste ano chegou justamente para quebrar esse velho tabu. Em Parauapebas, a campanha foi lançada oficialmente na quarta-feira, 1º, com o tema “Homem que tem atitude se previne”, numa promoção da prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e da Rede de Atenção à Pessoa Com Doença Crônica (DCNT).
Na abertura, o secretário de Saúde, José das Dores Couto, o Coutinho, ressaltou a importância tanto da Campanha Novembro Azul quanto da Outubro Rosa. “Estamos finalizando a Campanha Outubro Rosa com cerca de dois mil atendimentos às mulheres da zona urbana e da zona rural do nosso município. Um resultado expressivo para as mulheres de Parauapebas, uma vez que isso mostra que as mulheres estão se cuidando cada vez mais”, observou.
Cuidados com a saúde que os homens precisam ter, enfatizou o secretário. “Temos que nos conscientizar e deixar o preconceito de lado pra cuidar da nossa saúde. Os homens que estão na faixa etária dos 50 anos podem procurar as unidades de saúde pra realizar os exames e se prevenir contra a doença”, conclamou Coutinho.
A coordenadora da Campanha Novembro Azul, Silvana Manito, informou que neste mês todas as unidades básicas de saúde da zona urbana e da zona rural de Parauapebas estão realizando “ações de prevenção e promoção contra o câncer de próstata, que é o de maior incidência nos homens”, afirmou. O horário de atendimento é das 8 às 18 horas, com intervalo de duas horas para almoço.
Silvana Manito ressalta que, com a campanha, “estamos desmistificando o exame para o diagnóstico do câncer de próstata para os homens. Eles têm que criar o hábito de ir ao médico rotineiramente e cuidar de sua saúde, assim evitarão diversas doenças que podem comprometer seu bem-estar e sua saúde”.
SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA
Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Em valores absolutos e considerando ambos os sexos é o quarto tipo mais comum e o segundo mais incidente entre os homens.
Em 2013, o câncer de próstata matou 13.772 homens. Para 2016, a estimativa é de que tenham surgido 61.200 novos casos. É considerada uma doença da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
Quando diagnosticado e tratado no início, tem os riscos de mortalidade reduzidos. Daí a importância de o homem realizar exame pelo menos uma vez ao ano. No Brasil, é a quarta causa de morte por câncer e corresponde a 6% do total de óbitos por este grupo.
A próstata é uma glândula que só o homem possui, localizada na parte baixa do abdômen. Situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. Ela produz cerca de 70% do sêmen e representa um papel fundamental na fertilidade masculina.
Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco do câncer. Especialistas recomendam pelo menos 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.
SINTOMAS
Os sintomas mais comuns do tumor são a dificuldade de urinar, frequência urinária alterada ou diminuição da força do jato da urina, dentre outros. Quem tem histórico familiar da doença deve avisar o médico, que indicará os exames necessários.
Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta – leva cerca de 15 anos para atingir um centímetro -, que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.
Texto: Janaina Ravanelli | Semsa
Colaborou: Hanny Amoras
Arte: Oséias Fernandes
Fotos: Luciano Silva | Semsa
Assessoria de Comunicação – Ascom | PMP
{gallery}NOVEMBROAZUL{/gallery}