“Precisamos entender quando o trabalho é uma tortura e quando é poesia”, orientou o psicólogo André Reis durante a roda de conversa realizada nesta segunda-feira (16), no Centro Universitário de Parauapebas (Ceup), com usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), em que assuntos relacionados à orientação vocacional foram abordados de forma dinâmica e interativa.
A atividade integra as programações do Movimento de Luta Antimanicomial, que tem como marco o dia 18 de maio e é organizado em Parauapebas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio da Rede de Atenção Psicossocial e Caps. “É preciso visualizar essas outras possibilidades de trabalho e emprego, não necessariamente remuneradas, esse foi o nosso objetivo em organizar esse momento com vocês”, informou a psicóloga Celice Pinto, que atua no Caps.
“Ocupar a mente com o trabalho é uma coisa boa, evita de pensarmos negativamente”, disse um dos usuários. “Eu já passei 20 dias sem tomar banho, só deitada em uma casa, sem vontade de fazer nada, depois que eu venci esse momento da minha vida, encontrei no trabalho a minha válvula de escape”, acrescentou outra usuária.
“A nossa inserção no mercado de trabalho deve ser fruto da harmonia entre: autoconhecimento, influências externas e conhecimento da área de atuação”, ensinou André Reis, facilitador do grupo. Um segundo momento sobre orientação vocacional está programado para o dia 23 de maio, também no Ceup. Na oportunidade, será aplicado um teste vocacional para os participantes.
A exibição de filmes sobre a temática da luta antimanicomial também integra a programação e está sendo realizada em escolas profissionalizantes da cidade. Outra atividade para esta semana é a assembleia com usuários e profissionais do Caps, que será realizada nesta quarta-feira (18), na sala de videoconferência do Ceup, das 8 às 12 horas, para discutir sobre Cuidados em Saúde Mental.
Karine Gomes
Assessoria de Comunicação | PMP
Foto: Ascom | PMP