Município destaca projetos de conectividade ecológica e bioeconomia no painel “Parauapebas Sustentável 2030: Do Subsolo ao Futuro Verde”

Parauapebas marcou presença no primeiro dia de debates da COP30, na Sala Seringueira, Pavilhão Pará – Green Zone, com o painel “Parauapebas Sustentável 2030: Do Subsolo ao Futuro Verde”. A discussão levantou uma questão central: é possível transformar municípios mineradores da Amazônia em polos de inovação climática e desenvolvimento sustentável?
O encontro contou com a participação de representantes municipais, órgãos ambientais e especialistas, abordando temas como Bioeconomia como alternativa de renda e conservação e Estratégias de Conectividade Ecológica e Preservação da Biodiversidade.
Francilma Dutra, representante da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semma), e responsável pela apresentação do painel “Parauapebas Sustentável 2030: Do Subsolo ao Futuro Verde” destacou o esforço do município em mapear ações e programas voltados à pauta climática. Entre as iniciativas apresentadas, o Projeto Corredores do Clima ganhou destaque.


“Esse projeto, que entra em fase de planejamento e será implementado a partir de 2026, tem como objetivo interligar as unidades de conservação urbanas de Parauapebas com fragmentos florestais, APPs e outras áreas protegidas. Essa conectividade vai garantir o fluxo gênico e promover o envolvimento comunitário com as áreas de preservação”, explicou a servidora.
O secretário municipal de Desenvolvimento, Max Alves, ressaltou a importância da participação de Parauapebas na COP30 como um marco para reafirmar o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
“Esse momento foi fundamental para mostrar que, embora Parauapebas seja conhecida como a capital nacional do minério, também tem potencial para ser reconhecida como a capital nacional da biodiversidade. Temos uma riqueza natural imensa, e é preciso investir em justiça climática e atração de investimentos para garantir que as populações mais vulneráveis também possam se adaptar e prosperar diante das mudanças climáticas”, destacou.
Representando o Ibama, Wendelo Costa, analista ambiental e amazônida da região de Carajás, enfatizou a importância da cooperação entre os entes federais e municipais.

“A parceria entre o governo federal e o município tem gerado grandes resultados no contexto do desenvolvimento sustentável. A agenda Parauapebas Sustentável 2030 é um exemplo dessa articulação interinstitucional, que inclui restauração de áreas de preservação e conectividade entre unidades de conservação municipais”, afirmou.
Com iniciativas concretas e visão de longo prazo, Parauapebas reforça seu compromisso com o futuro verde da Amazônia, mostrando que é possível conciliar desenvolvimento econômico, inclusão social e preservação ambiental.
Reportagem: Hilda Barros
Fotos: Hilda Barros
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